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Em dia de expectativa por novas tarifas de Trump Dólar abre em alta
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A moeda norte-americana caiu 0,08%, no dia anterior, cotada a R$ 5,7625. O principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou com um recuo de 1,69%, aos 124.380 pontos.
- Por Camilla Ribeiro
- 13/02/2025 13h14 - Atualizado há 1 mês
Nesta quinta-feira (13), o dólar abriu em leve alta com investidores na expectativa pelas novas tarifas recíprocas prometidas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no dia anterior.
O dólar
O dólar subia 0,11%, às 09h03, cotado a R$ 5,7688.
No dia anterior, a moeda americana teve baixa de 0,08%, cotada a R$ 5,7625.
Com o resultado, acumulou:
- queda de 0,53% na semana;
- recuo de 1,28% no mês; e
- perdas de 6,75% no ano
IBOVESPA
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na véspera, o índice teve baixa de 1,69%, aos 124.380 pontos.
Com o resultado, acumulou:
- recuo de 0,19% na semana;
- perdas de 1,39% no mês;
- ganho de 3,41% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
Nesta desta quarta-feira, o principal destaque na agenda econômica ficou com os novos dados de inflação dos Estados Unidos.
De acordo com a informação divulgada pelo Departamento do Trabalho norte-americano, o país registrou uma alta de 0,5% em janeiro.
O resultado aponta que houve uma aceleração em comparação ao observado em dezembro (0,4%) e veio acima do esperado pelo mercado, que projetava um avanço de 0,3% no mês.
Esse número também volta a despertar preocupações sobre o futuro dos preços e dos juros no país, principalmente em meio às constantes ameaças tarifárias de Trump.
O que provoca receio é que a imposição de tarifas aos principais parceiros comerciais dos EUA resultem no encarecimento dos produtos norte-americanos e pressionando a inflação do país.
Esses acontecimentos não apenas impediria o Fed de continuar a cortar as taxas de juros nos Estados Unidos, mas também estende a preocupação com uma eventual alta de preços pelo mundo.
Trump assinou nesta semana um decreto que impõe tarifas de 25% para todas as importações de aço e alumínio para o país a partir de 12 de março.
Os dirigentes do Fed declaram que a instituição não tem pressa em reduzir os juros e que analisará atentamente os desdobramentos do cenário político e econômico.
Na atualidade, os juros americanos estão entre 4,25% e 4,50% ao ano, com o objetivo de reduzir a inflação anual, que está em 2,9%, para a meta de 2%.
Os juros altos também provocaram o aumento do rendimento dos títulos públicos dos EUA, considerados os mais seguros do mundo, o que tende a provocar uma migração de capital estrangeiro para o país e pode fortalecer o dólar em relação a outras moedas.
O dólar mais alto impacta a inflação em todo o mundo, isso porque é a principal moeda para as negociações comerciais e pode pressionar os preços principalmente das commodities, como combustíveis e alimentos.
Com esse cenário, falas recentes do presidente do Fed, Jerome Powell, também ficaram no radar.
O banqueiro central declarou que a tarefa do BC norte-americano de levar a inflação à meta ainda está inacabada, no entanto reforçou a necessidade de cautela na análise de dados.
"Estamos perto, mas não chegamos lá em relação à inflação. [...] Fizemos um grande progresso, mas ainda não chegamos lá", declarou Powell durante audiência ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados dos EUA, destacando que a instituição não tem pressa na condução dos juros.