:

  • Em dia de expectativa por novas tarifas de Trump Dólar abre em alta


  • A moeda norte-americana caiu 0,08%, no dia anterior, cotada a R$ 5,7625. O principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou com um recuo de 1,69%, aos 124.380 pontos.

Nesta quinta-feira (13), o dólar abriu em leve alta com investidores na expectativa pelas novas tarifas recíprocas prometidas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no dia anterior.

O dólar

O dólar subia 0,11%, às 09h03, cotado a R$ 5,7688. 

No dia anterior, a moeda americana teve baixa de 0,08%, cotada a R$ 5,7625.

Com o resultado, acumulou:

- queda de 0,53% na semana;

- recuo de 1,28% no mês; e

- perdas de 6,75% no ano

IBOVESPA

O Ibovespa começa a operar às 10h.

Na véspera, o índice teve baixa de 1,69%, aos 124.380 pontos.

Com o resultado, acumulou:

- recuo de 0,19% na semana;

- perdas de 1,39% no mês;

- ganho de 3,41% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

Nesta desta quarta-feira, o principal destaque na agenda econômica ficou com os novos dados de inflação dos Estados Unidos. 

De acordo com a informação divulgada pelo Departamento do Trabalho norte-americano, o país registrou uma alta de 0,5% em janeiro.

O resultado aponta que houve uma aceleração em comparação ao observado em dezembro (0,4%) e veio acima do esperado pelo mercado, que projetava um avanço de 0,3% no mês. 

Esse número também volta a despertar preocupações sobre o futuro dos preços e dos juros no país, principalmente em meio às constantes ameaças tarifárias de Trump.

O que provoca receio é que a imposição de tarifas aos principais parceiros comerciais dos EUA resultem no encarecimento dos produtos norte-americanos e pressionando a inflação do país. 

Esses acontecimentos não apenas impediria o Fed de continuar a cortar as taxas de juros nos Estados Unidos, mas também estende a preocupação com uma eventual alta de preços pelo mundo.

Trump assinou nesta semana um decreto que impõe tarifas de 25% para todas as importações de aço e alumínio para o país a partir de 12 de março.

Os dirigentes do Fed declaram que a instituição não tem pressa em reduzir os juros e que analisará atentamente os desdobramentos do cenário político e econômico. 

Na atualidade, os juros americanos estão entre 4,25% e 4,50% ao ano, com o objetivo de reduzir a inflação anual, que está em 2,9%, para a meta de 2%.

Os juros altos também provocaram o aumento do rendimento dos títulos públicos dos EUA, considerados os mais seguros do mundo, o que tende a provocar uma migração de capital estrangeiro para o país e pode fortalecer o dólar em relação a outras moedas.

O dólar mais alto impacta a inflação em todo o mundo, isso porque é a principal moeda para as negociações comerciais e pode pressionar os preços principalmente das commodities, como combustíveis e alimentos.

Com esse cenário, falas recentes do presidente do Fed, Jerome Powell, também ficaram no radar. 

O banqueiro central declarou que a tarefa do BC norte-americano de levar a inflação à meta ainda está inacabada, no entanto reforçou a necessidade de cautela na análise de dados.

"Estamos perto, mas não chegamos lá em relação à inflação. [...] Fizemos um grande progresso, mas ainda não chegamos lá", declarou Powell durante audiência ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados dos EUA, destacando que a instituição não tem pressa na condução dos juros.