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Disparada de preços deixam o Carnaval mais caro; veja como economizar
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Uma série de fatores contribuíram para o aumento dos preços de produtos utilizados no período. Alta do dólar pode deixar Carnaval de 2026 ainda mais caro.
- Por Camilla Ribeiro
- 01/03/2025 09h47 - Atualizado há 1 semana
A vida do folião não está fácil no Brasil. Artigos típicos do Carnaval ficaram bem mais caros na última década, acima da média medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país.
A cesta contendo itens carnavalescos apresentou uma alta de mais de 95% em 10 anos, enquanto a inflação oficial do país subiu 75%.
Na última década, o preço das bebidas alcoólicas mais do que dobrou, com uma alta de 106,32% no período. A cerveja teve um aumento de mais de 63% no período.
Pacotes turísticos, que apresentaram um ganho de 86% e também subiu mais que o IPCA. Outros artigos, como maquiagens (40%) e bijuterias (56%), tiveram altas mais comedidas.
A 'gelada' está mais cara
Uma combinação de fatores justifica o aumento dos preços da cerveja e de outras bebidas alcoólicas ao longo dos últimos anos.
Os custos na produção de insumos básicos como milho e trigo, ambos usados na cevada são um dos fatores que favorecem a alta.
No geral, esses insumos são importados e com a alta do dólar e desvalorização do real esses produtos ficam mais caros.
Além disso, outros fatores que contribuíram para o aumento desses produtos foram:
- A alta de preços de embalagens que sofreram oscilações no mercado internacional e impactando os custos para fabricantes;
- A elevação do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre bebidas alcoólicas em alguns estados; e
- O efeito sazonal, que reflete o aumento da demanda por esses produtos em épocas como verão e Carnaval.
Itens de maquiagem, bijuterias e vestimentas, serviços de estética, também tendem a sentir os preços subirem pela maior demanda pelos produtos na época de Carnaval.
Como driblar o aumento de preços?
De acordo com o educador financeiro e diretor da Multimarcas Consórcios, Fernando Lamounier, manter o controle dos gastos durante o período festivo é fundamental para evitar o endividamento.
"Ter um plano estratégico oferece tranquilidade, garantindo que as festividades não causem impactos negativos nas finanças a longo prazo", afirma.
Veja algumas dicas do especialista:
- Estabeleça um limite de gastos: é preciso analisar quanto se está disposto a gastar, antes de cair na folia, sem comprometer outros compromissos financeiros, como contas e alugueis;
- Planeje com antecedência: É essencial planejar o quanto será gasto com alimentação, fantasias, passagens e hospedagem caso pretenda curtir em outra cidade ou estado;
- Economize com transporte: em muitos casos, as festas acontecem próximas a estações de trem e metrô ou linhas de ônibus, portanto, evitar o uso de aplicativos que estarão com valores elevados por conta da alta procura. Ao reservar uma hospedagem, o ideal é levar em conta as possibilidades de trajeto até o local de destino.
- Comidas e bebidas: opte por alternativas mais econômicas. Leve lanches e água de casa para reduzir gastos durante as celebrações. Se caso for em restaurantes e bares, escolha ambientes comuns em vez de opções turísticas que costumam serem mais caras. Opte por estadias com "all inclusive", na grande maioria das vezes costuma valer a pena.
- Busque alternativas gratuitas: blocos e festas sem custo de entrada estão espalhadas por diversas cidades e são uma opção para quem quer economizar. Outra alternativa é poupar construindo a própria fantasia ou reutilizando de carnavais anteriores.
- Dê preferência a compras à vista: o uso de cartões de crédito e o excesso de parcelas pode comprometer o equilíbrio financeiro por longos períodos.