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Senadores defenderam o corte de gastos e de benefícios fiscais, em reunião com Haddad
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Renan Calheiros propôs cumprir PEC que mandou reduzir subsídios a um teto de 2% do PIB. As propostas agradaram ao ministro, que também defende medidas desse tipo.
- Por Camilla Ribeiro
- 12/02/2025 13h11 - Atualizado há 1 mês
Nesta segunda-feira (11), durante reunião com o ministro Fernando Haddad para tratar das prioridades da agenda econômica do país, senadores defenderam que o governo adote novas medidas para fortalecer o arcabouço fiscal.
De acordo com os parlamentares, as medidas a serem tomadas devem incluir o corte maior de gastos e a redução de subsídios fiscais.
O presidente Lula já disse que, "se depender dele", o governo não realizará a adoção de novas medidas fiscais neste ano.
No entanto, a nova cúpula do Congresso, tem dito que não existe mais espaço para o ajuste das contas públicas pelo aumento de arrecadação.
O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) propôs a adoção de medidas fiscais com o objetivo de fortalecimento do arcabouço fiscal.
Já o senador Renan Calheiros (MDB-AL) propôs que, antes de debater corte de despesas, o governo precisa cortar subsídios.
“Há uma PEC, a 109, aprovada em 2021, que mandava reduzir os subsídios de 4% para 2% do PIB. Hoje, eles estão em 6% do PIB. É uma determinação constitucional que precisamos cumprir”, propôs Renan Calheiros ao ministro Fernando Haddad.
O ministro Fernando Haddad gostou do debate e, de acordo com a equipe do Ministério da Fazenda, espera que essas medidas se concretizem. Ambas, afinal, estavam na agenda da equipe econômica nos dois primeiros anos do mandato do presidente Lula.
Renan Calheiros recordou que, hoje, os gastos tributários estão em R$ 646 bilhões.
O senador alagoano, Futuro presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, disse que irá colocar a redução dos subsídios na pauta da comissão que irá presidir.