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  • Tentativa de golpe: Zanin marcou para 25 de março julgamento da denúncia de Bolsonaro e aliados


  • Caso a denúncia seja aceita, Bolsonaro e os outros denunciados deixarão de ser indiciados e passarão a ser réus. Três sessões serão realizadas para analisar o caso.

Dia 25 de março será o julgamento da denúncia sobre Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe de Estado.

Zanin é o presidente da 1ª Turma do STF. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, havia liberado a denúncia da Procuradoria- Geral da República (PGR) para análise da 1ª Turma, formada Cristiano Zanin, Carmen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino.

Os ministros irão avaliar em três sessões se aceitam ou não as acusações: uma extraordinária, às 9h30 do dia 25 de março, uma ordinária às 14h do mesmo dia 25, e outra sessão extraordinária, às 9h30 do dia 26 de março.

Caso a denúncia seja aceita, Bolsonaro e os outros denunciados deixarão de ser indiciados e se tornarão réus.

Durante esta etapa, os ministros decidem se a denúncia é suficiente para que o processo penal seja aberto. 

Esse ainda não é um julgamento da culpa ou inocência dos acusados, apenas uma análise prévia sobre os requisitos legais.

O entendimento da PGR é que os argumentos das defesas não são suficientes para derrubar a denúncia, e que as investigações reúnem elementos para que os denunciados se tornem réus por envolvimento na trama golpista

A denúncia destaca o acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que forneceu informações consideradas relevantes e válidas.

A denúncia da PGR se refere ao chamado núcleo "crucial" do golpe que inclui:

- Jair Bolsonaro, ex-presidente;

- Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin;

- Almir Garnier Santos; ex-comandante da Marinha do Brasil;

- Anderson Torres; ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal;

- General Augusto Heleno; ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência;

- Mauro Cid; ex-chefe da Ajudância de Ordens da Presidência;

- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e

- Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.