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Tentativa de golpe: Zanin marcou para 25 de março julgamento da denúncia de Bolsonaro e aliados
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Caso a denúncia seja aceita, Bolsonaro e os outros denunciados deixarão de ser indiciados e passarão a ser réus. Três sessões serão realizadas para analisar o caso.
- Por Camilla Ribeiro
- 13/03/2025 21h58 - Atualizado há 13 horas
Dia 25 de março será o julgamento da denúncia sobre Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe de Estado.
Zanin é o presidente da 1ª Turma do STF. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, havia liberado a denúncia da Procuradoria- Geral da República (PGR) para análise da 1ª Turma, formada Cristiano Zanin, Carmen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino.
Os ministros irão avaliar em três sessões se aceitam ou não as acusações: uma extraordinária, às 9h30 do dia 25 de março, uma ordinária às 14h do mesmo dia 25, e outra sessão extraordinária, às 9h30 do dia 26 de março.
Caso a denúncia seja aceita, Bolsonaro e os outros denunciados deixarão de ser indiciados e se tornarão réus.
Durante esta etapa, os ministros decidem se a denúncia é suficiente para que o processo penal seja aberto.
Esse ainda não é um julgamento da culpa ou inocência dos acusados, apenas uma análise prévia sobre os requisitos legais.
O entendimento da PGR é que os argumentos das defesas não são suficientes para derrubar a denúncia, e que as investigações reúnem elementos para que os denunciados se tornem réus por envolvimento na trama golpista
A denúncia destaca o acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que forneceu informações consideradas relevantes e válidas.
A denúncia da PGR se refere ao chamado núcleo "crucial" do golpe que inclui:
- Jair Bolsonaro, ex-presidente;
- Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin;
- Almir Garnier Santos; ex-comandante da Marinha do Brasil;
- Anderson Torres; ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal;
- General Augusto Heleno; ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência;
- Mauro Cid; ex-chefe da Ajudância de Ordens da Presidência;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e
- Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.