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Queda de avião em avenida de SP: uma das linhas de investigação sobre a causa é problema no motor
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Investigações apontam que o avião, de pequeno porte, havia passado uma semana em manutenção para resolver uma pane no sistema de RPM. Esse problema pode ter comprometido o torque e a potência necessários para a aeronave ganhar altitude e velocidade.
- Por Camilla Ribeiro
- 08/02/2025 18h29 - Atualizado há 1 mês
Um possível defeito no motor da aeronave é uma das linhas de investigação sobre a queda de um avião na zona oeste de São Paulo, ocorrida na sexta-feira (7).
O modelo King F90 esteve em oficina uma semana antes do acidente para resolver um problema de pane no sistema de RPM de um de seus motores.
Esse sistema monitora a velocidade de rotação do motor e é importante para a decolagem e para o desempenho da aeronave.
Dessa forma, esse defeito pode ter afetado a potência e o torque necessários para que o avião conseguisse subir e atingir velocidade adequada.
O destino do voo era Porto Alegre (RS). O avião decolou da cabeceira 12 do Aeroporto Campo de Marte por volta das 7h15 e, dois minutos após a decolagem, tentou realizar um pouso de emergência, mas sem sucesso.
A aeronave caiu na pista da Avenida Marquês de São Vicente, altura do número 1.874, no bairro Barra Funda, zona oeste de São Paulo.
Um áudio de um piloto que estava aguardando para decolar no Campo de Marte, revelou que o comandante da aeronave que sofreu o acidente havia solicitado um retorno imediato ao aeroporto momentos antes do acidente.
Márcio Louzada Carpena, de 49 anos, proprietário da aeronave, e o piloto Gustavo Carneiro Medeiros foram as duas vítimas fatais. Não havia mais passageiros a bordo.
Outras 7 pessoas que estavam a avenida no momento do acidente ficaram feridas, incluindo passageiros de um ônibus que foi atingido pela aeronave. Todas as vítimas foram socorridas por equipes de resgate.
Houve ainda três indivíduos que alegaram ter sido feridos e foram encaminhados para atendimento médico por conta própria, segundo apuração.
O Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV), com sede na capital paulista, é o responsável pelas investigações do acidente.
Especialistas que foram consultados alertaram que, no trabalho de remoção dos destroços, a equipe do Seripa estava muito focada nos motores.
A Polícia Civil e a Polícia Federal também estão envolvidas na apuração das causas e as responsabilidades pelo acidente aéreo.