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Ministro Alexandre de Moraes manteve prisão de 'kid preto' integrante de plano para matar Lula e outras autoridades
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O pedido da defesa do tenente-coronel do Exército Rafael Martins de Oliveira foi rejeitado pelo ministro do STF. ‘Kid Preto’ está preso preventivamente em Niterói (RJ).
- Por Camilla Ribeiro
- 06/02/2025 16h21 - Atualizado há 1 mês
Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou um pedido apresentado pela defesa do tenente-coronel do Exército Rafael Martins de Oliveira e manteve a prisão do "kid preto".
O detento é suspeito de envolvimento em um plano que tinha como objetivo o assassinato de Lula, Geraldo Alckmin e o próprio Moraes.
A decisão de Moraes foi tomada na última terça-feira (4). Os advogados solicitaram a substituição da prisão por medidas cautelares. Segundo a defesa, a prisão é uma "medida excepcional" e que não se justifica no caso do militar.
Rafael Martins de Oliveira, vulgo Kid Preto, foi preso preventivamente em novembro de 2024, na Operação Contragolpe da Polícia Federal. Ele está detido em uma unidade militar de Niterói (RJ).
De acordo com investigadores, Rafael, outros três militares das Forças Especiais do Exército e um policial federal elaboraram o chamado plano Punha Verde-Amarelo.
Esse plano teria sido discutido em 2022, na casa do general Braga Netto, candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro na eleição passada. Braga Netto está detido desde dezembro do ano passado.
Segundo a PF, os investigados pretendiam impedir a posse do governo eleito em 2022 e criar um gabinete de crise para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder com a atuação de generais.
Além de Rafael, também estão presos preventivamente por causa do plano contra as autoridades:
- três outros militares das Forças Especiais do Exército, os chamados "kids pretos": general de brigada Mario Fernandes (na reserva), o tenente-coronel Helio Ferreira Lima e o tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo.
- um policial federal: Wladimir Matos Soares.
Nesta quarta-feira (5), o ministro Alexandre de Moraes também manteve a prisão do tenente-coronel Hélio Ferreira Lima. O coronel teria participado das ações de preparação do golpe.
De acordo com o ministro, a defesa de Lima não apresentou "qualquer fato superveniente que pudesse afastar a necessidade de manutenção da custódia cautelar, ante a necessidade de resguardar ordem pública e a instrução processual penal".