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  • Em cenário sobre emendas, Lula se reúne com Hugo Motta


  • O encontro aconteceu na residência oficial da Granja do Torto, onde Lula passa este fim de ano. Pessoas ligadas ao governo disseram que clima da reunião foi 'amistoso'.

Nesta sexta-feira (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), recebeu o deputado Hugo Motta (Republicanos -PB) – que é o favorito na eleição para a presidência da Câmara, que ocorrerá em fevereiro de 2025.

O encontro aconteceu em meio a mais um conflito entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional envolvendo o pagamento de emendas parlamentares.

Motta é favorito para ser o sucessor de Arthur Lira (PP-AL) no comando da Câmara. O deputado paraibano formou um arco de apoio que vai do PL ao PT e já soma mais de 480 dos 513 parlamentares da Casa.

Participaram da reunião o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

A reunião aconteceu na Granja do Torto em Brasília, a casa de campo do presidente da República.

Pessoas ligadas ao governo disseram que o clima da conversa foi "amistoso", e que Lula e o parlamentar debateram diversos assuntos.

Os interlocutores disseram ainda que o encontro também serviu para aproximar o presidente Lula de Hugo Motta.

Emendas parlamentares

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino determinou na última segunda (23), a suspensão do pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão de 2024 – e mandou a Polícia Federal investigar a liberação desse valor.

As emendas de comissão que ficaram conhecidas como Orçamento Secreto, herdaram os recursos das emendas de relator, depois que o STF tornou a rubrica inconstitucional.

Essa decisão de Dino provocou incômodo por parte dos líderes partidários e Lira chegou a se encontrar com Lula nesta quinta. 

Durante a madrugada desta sexta, a Câmara prestou esclarecimentos ao ministro com o objetivo de destravar os pagamentos, o que não aconteceu.

Através de despacho na manhã desta sexta, Dino disse que a Câmara não respondeu aos questionamentos anteriores e deu prazo até as 20h para que a Casa preste novos esclarecimentos.