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Conversa sobre reforma eleitoral destaca oposição entre PT e PL
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Senado deseja debater alterações no atual sistema em 2025
- Por Camilla Ribeiro
- 26/12/2024 11h02 - Atualizado há 17 horas
O debate sobre a reforma do sistema eleitoral tornou-se mais um embate entre PT e PL.
O partido de Jair Bolsonaro defende a aprovação de uma proposta que exclui a possibilidade de reeleição para cargos do Poder Executivo a partir de 2030.
A alternativa conta com o apoio de partidos de centro e a adesão de governadores como Tarcísio de Freitas (São Paulo) e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul).
A medida que limita um mandato de cinco anos, retirando a possibilidade de uma candidatura para um mandato consecutivo, foi uma das bandeiras do atual presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
No momento, a proposta ainda não chegou ao plenário, porém tem a simpatia do favorito para comandar a Casa Legislativa em 2025, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
No Congresso, há diversas medidas que propõem o fim da reeleição. Uma delas é de autoria do senador Jorge Kajuru (PSB-GO).
A proposta está em análise na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
O objetivo é de que a nova regra não se aplique para quem já está no cargo, apenas para possíveis políticos eleitos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já declarou, em diálogos com senadores aliados, ser contrário ao fim da reeleição no país.
No entanto, o PT apoia mudanças na legislação eleitoral, incluindo a adoção do voto em lista e também a alteração na votação ao Senado.
Um projeto do líder do governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (PT-AP), por exemplo, propõe alterações no processo eleitoral para a Casa Legislativa.
Atualmente, a cada oito anos, os eleitores escolhem dois candidatos ao Senado Federal.
A proposta prevê que a votação passe um candidato, não mais em dois.
Os partidos de oposição são opositores à iniciativa, ainda mais com a expectativa de sua validade ocorrer já para o processo eleitoral de 2026.
O PL planeja formar alianças da direita para as eleições de 2026, buscando conquistar a maior bancada do Senado Federal.