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  • Acaba o programa de escolas cívico-militares


  • Na gestão do antigo presidente, Jair Bolsonaro, esse programa era umas das prioridades, porém os ministérios da Educação e da Defesa decidiram encerrar.

Criado em 2019, com o intuito de transformar as escolas públicas para o modelo cívico-militar, que contava com uma divisão das gestões.

Na parte pedagógica os professores continuavam responsáveis, já a parte administrativa quem assumia o comando era os militares. Entenda melhor:

•Na sala de aula, as escolas têm autonomia no projeto pedagógico. As aulas são dadas pelos professores da rede pública, que são servidores civis.

•Fora do momento da aula, militares da reserva atuam como monitores, disciplinando o comportamento dos alunos. Eles não têm permissão para interferir no que é trabalhado em aula ou ministrar materiais próprios.

O projeto foi colocado em prática com o objetivo de diminuir a evasão escolar e controlar a violência escolar a partir da disciplina militar.

O Governo Federal tomou a decisão de dar um fim no Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim). A decisão foi compartilhada com todos os secretários de Educação, através de um ofício.

Foi através da decisão dos ministérios da Educação e da Defesa que chegou ao fim. E com isso ocorrerá:

•adoção gradual de medidas que possibilitem o encerramento do ano letivo dentro da normalidade:

•desmobilização do pessoal das Forças Armadas dos colégios.

Críticas 

Mesmo sendo uma das prioridades do governo, o programa foi alvo de críticas desde o início.

“Esse modelo militarizado de escolas deveria ser restrito às escolas das Forças Armadas, para jovens que desejam esse tipo de formação e carreira, com militares que tiveram formação no campo educacional.” 

Gabriel Corrêa, gerente de Políticas Educacionais da ONG do Todos Pela Educação.

Alguns pontos de críticas:

É falho e deveria ser exclusivo as escolas militares oficiais;

•Visão distorcida de prioridades 

De acordo com Corrêa, "dá-se uma prioridade para um número mínimo de escolas, cria-se uma política, um orçamento específico e uma diretoria específica no MEC para elas, o que mostra uma visão muito distorcida que se tem de prioridades no governo Bolsonaro".

•Em alguns lugares, não deixa opção para escolha de quem não quer o modelo

•Perigo de militares sem preparação e de interferirem na educação.

“O que vemos é sistema de censura a conteúdos considerados políticos e de “esquerda” – entre aspas mesmo –, além de uma verdadeira doutrinação militar que não deveria acontecer neste ambiente.”

— Alex Gonçalves, organizador do projeto Movimento Edu+