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  • UFRGS diz que nível do Guaíba pode superar marca histórica e chegar a 5,50 metros


  • O excesso de chuva no Rio Grande do Sul devem piorar cheia do lago entre segunda (13) e terça (14). Há uma semana, lago Guaíba atingiu marca histórica de 5,3 metros.

De acordo com projeção elaborada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o nível do Guaíba pode ultrapassar a marca histórica que foi registrada no último dia 5 e chegar a 5,5 metros entre segunda (13) e terça-feira (14).

Neste domingo o lago já apresentou alta atingindo 4,64 metros no Cais Mauá, na capital Porto Alegre.

De acordo com a UFGRS, a maior preocupação do momento é a nova elevação de níveis por conta das chuvas e do efeito do vento. 

Uma análise de todos os cenários previstos pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) para a próxima semana apontam para uma cheia duradoura do Guaíba, e repique com nova elevação dos níveis para acima dos 5 metros.

Dependendo da ocorrência das chuvas que estão previstas para as próximas horas e do vento sul, o Guaíba pode superar a  última marca histórica de 5,33 metros registrada no dia 5, há uma semana, e alcançar os 5,50 metros. 

No decorrer da semana, após atingir o pico do dia 5, o lago vinha apresentando uma recessão lenta na quarta-feira (8) até atingir 4,56 metros no sábado (11), o menor nível desde o início da enchente, que superou o recorde da cheia histórica de 1941.

Neste sábado (11), após um dia de chuvas intensas, o nível do lago voltou a subir.

Às 14h45 deste domingo, registrou a marca de 4,65 metros, de acordo com o Centro Integrado de Coordenação de Serviços (CEIC).

Diante das chuvas também ocorreu uma precipitação expressiva, de 100 milímetros ou mais, em regiões das bacias do Taquari, Sinos, Caí e Jacuí. 

O nível do rio Taquari se aproxima dos 24 metros com previsão para que o Caí ultrapasse os 16 metros.

Segundo a Climatempo Meteorologia, Porto Alegre tem o início de maio mais chuvoso em 63 anos, desde 1961.

Desde 1º de maio até as 9h deste domingo (12), a estação meteorológica do Jardim Botânico, na Zona Norte da Capital, registrou 306,5 mm de acumulado. Isto é quase o triplo da média, que é de 113 mm.

 Nesta manhã de domingo (12), houve a confirmação de sete mortes fazendo com que o Rio Grande do Sul chegue a 143 vítimas dos temporais e cheias que atingem o estado desde o final de abril. 

O boletim da Defesa Civil ainda estava contabilizava 131 desaparecidos e 806 feridos (50 a mais do que no dia anterior).

Com o retorno da chuva no estado, o número de pessoas fora de suas casas aumentou de cerca de 441 mil, registrado no sábado (11), para mais de 618 mil. Mais de 81 mil estão em abrigos e 537 mil estão desalojados (em casa de amigos e parentes).