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Brasil é ameaçado por polícia da Venezuela em postagem com imagem de Lula
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Além da imagem postada tem a frase: "Quem se mete com a Venezuela se dá mal", em tradução livre.
- Por Camilla Ribeiro
- 31/10/2024 22h01 - Atualizado há 1 semana
Nesta quinta-feira (31), a Polícia Nacional da Venezuela publicou uma imagem nas redes sociais contendo uma ameaça ao Brasil.
Na foto, há uma imagem borrada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está em frente à bandeira brasileira.
Além disso, na publicação há a frase: “Quem se mete com a Venezuela se dá mal”, em tradução livre.Essa reação acontece após o governo venezuelano fazer críticas ao governo brasileiro em razão do “veto” à entrada do país nos Brics.
Para a entrada de uma nação no bloco é necessário consenso entre os membros.
Mesmo que o país sul-americano tivesse apoio da Rússia, nação que atualmente preside os Brics, o presidente Lula determinou que o Itamaraty bloqueasse a entrada da Venezuela.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, já havia utilizado a expressão publicada pela polícia se referindo ao veto.
“Quem tentou calar ou vetar a Venezuela no passado se deu mal. Quem pretende vetar ou calar a Venezuela nunca conseguirá. A Venezuela não é vetada nem calada por ninguém, vão se dar mal”, exclamou Maduro.
Crescimento da crise entre Venezuela e Brasil
No final do mês de outubro a crise entre Brasil e Venezuela se agravou após o país de Nicolás Maduro ter a entrada nos Brics, grupo que reúne as principais economias emergentes, vetada pelo Brasil.
O governo venezuelano demonstrou incômodo após o Brasil não reconhecer a suposta vitória de Maduro nas eleições presidenciais de 28 de julho.
Desde a suposta vitória de Maduro nas urnas, autoridades brasileiras, inclusive o presidente, pediram para que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela divulgue as atas com os resultados da votação e confirmando o pleito.
Durante a Cúpula dos Brics, realizada em Kazan, na Rússia, nos dias 22, 23 e 24 de outubro, Nicolás Maduro realizou um pronunciamento declarando que seu país “faz parte desta família dos Brics”.
Ele acreditava que a Venezuela fosse integrar o bloco econômico. Porém, para isso, é necessário consenso entre os integrantes do grupo.
Em 29 de outubro, Maduro declarou que o Itamaraty “ sempre conspirou contra a Venezuela” e que é uma “chancelaria muito vinculada ao Departamento de Estado dos Estados Unidos”.
O assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, pontuou que o Brasil estava sendo acusado injustamente por barrar a adesão da Venezuela aos Brics.
O presidente do Legislativo venezuelano, Jorge Rodríguez, demonstrou a intenção de declarar Amorim, como persona non grata no país.
Durante essa crise, um dos movimentos de maior tensão que já aconteceu foi no dia 30 de outubro, a Venezuela convocou o embaixador venezuelano no Brasil, Manuel Vadell, para consultas após o descontentamento com Celso Amorim.
Para a diplomacia esse passo é uma medida que demonstra forte protesto, podendo anteceder o rompimento das relações diplomáticas entre os países, caso Maduro decida retirar definitivamente seu embaixador de Brasília.