:

  • Queda nos preços dos alimentos em maio; índice da ONU registrou 2,6%


  • Os alimentos que alcançaram uma queda maior foram cereais, laticínios e óleos vegetais, parcialmente compensada pelos aumentos das carnes e do açúcar.

Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) caiu em maio 2,6% comparado ao mês anterior e 2,1% abaixo do recorde de março do ano passado.

Essa queda ocorreu por conta de uma baixa dos preços de cereais, laticínios e óleos vegetais, que foi em partes compensada pelo aumento dos preços das carnes e do açúcar.

Esse resultado é refletido no recuo dos preços internacionais do grão em exceto do arroz, na comparação mês a mês. O preço do trigo lá fora também caiu em 3,5% isso se deu com a ampla oferta mundial e o a renovação do contrato de exportação do Mar Negro.

Já o milho, a queda foi de 9,8% em razão da previsão de uma safra ampla, um crescimento da produção do Brasil e dos Estados Unidos e também o ritmo devagar das exportações norte-americanas e os cancelamentos das compras chinesas do país. 

Dados mensais da FAO mostrou a queda de preços dos óleos vegetais, 8,7% a menos em relação a abril em sexto mês consecutivo de baixa e 48,2% menor comparado ano a ano.

“A queda contínua no índice refletiu os preços mundiais mais baixos dos óleos de palma, soja, colza e girassol”, disse a FAO.

Assim como o milho, os preços do óleo de soja também caíram devido a possibilidade de uma oferta recorde do Brasil e por estoques acima da expectativa nos Estados Unidos da América, já o óleo de palma foi influenciado por uma queda nas importações.

As carnes apresentaram uma alta de 1% em relação a abril, mês anterior. A subida da carne de frango ocorreu por conta do risco de uma menor oferta em virtude da gripe aviaria.

O boi registrou aumento por conta da demanda do produto brasileiro e pela escassez de oferta nos Estados Unidos. A carne suína subiu pelo quarto mês consecutivo enquanto a ovina obteve uma queda.

Os laticínios registraram queda de 3,2% em relação a abril. Essa queda foi liderada pelo preço internacional do queijo.

A FAO registrou o aumento do açúcar em 5,5% em relação a abril marcando o quarto aumento mensal de 30,9% acima do valor do ano anterior.

“As crescentes preocupações sobre como o desenvolvimento do fenômeno El Niño pode afetar as safras 2023/24, juntamente com a disponibilidade global abaixo do esperado na temporada 2022/23, desencadearam o aumento dos preços internacionais do açúcar em maio”,  explicou a FAO.