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  • Dólar fechou em queda nesta segunda-feira aos R$ 5,51, à espera da 'Superquarta'


  • A moeda norte-americana apresentou queda de 1,03%, cotada a R$ 5,5100. O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa, fechou em alta de 0,18%, aos 135.118 pontos.

Nesta segunda-feira (16), o dólar fechou em queda, investidores seguem na expectativa pelas novas decisões de juros previstas para esta semana.

O principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, Ibovespa, fechou em alta.

Considerada pelo mercado como a principal "Superquarta" de 2024, nome dado às quartas-feiras nas quais coincidem as reuniões que definem as taxas de juros do Brasil e dos Estados Unidos, a edição dessa semana é especial.

Os investidores esperam que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), dê início ao ciclo de redução dos juros dos Estados Unidos.

No Brasil, a expectativa é que o Comitê de Política Monetária (Copom) volte a subir a taxa básica (Selic) do país.

O mercado ainda deve repercutir uma série de indicadores econômicos ao longo da semana, apresentando destaque para dados da indústria e do varejo nos Estados Unidos e de arrecadação no Brasil.

Vejamos abaixo o resumo dos mercados.

Dólar

A moeda fechou em queda de 1,03%, cotado em R$ 5,5100. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,4975.

Com o resultado, acumulou:

- queda de 1,03% na semana;
- perda de 2,17% no mês;
- avanço de 13,55% no ano.

Na última sexta-feira, o dólar encerrou com um recuo de 0,92%, cotado a R$ 5,5672.

Ibovespa

O Ibovespa registrou alta de 0,18%, aos 135.118 pontos.

Com o resultado, acumulou:

- ganho de 0,18% na semana;
- queda de 0,65% no mês; e
- alta de 0,70% no ano.

Na última sexta-feira, o índice encerrou com um avanço de 0,64%, aos 134.882 pontos.

O que está mexendo com os mercados?

A semana tem um início agitado no mercado financeiro, às vésperas da principal "Superquarta" de 2024.

Dados econômicos registrados na última semana trouxeram mais insumo aos investidores e especialistas que buscam qualquer nova pista do que o Banco Central do Brasil (BC) deve fazer por aqui e o Fed, lá fora.

No Brasil, o BC realizou a publicação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de julho na última sexta-feira, considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

O indicador se mostrou melhor que as expectativas, registrando uma contração de 0,4% em julho, contra uma alta mais expressiva, de 1,40%, em junho.

Mesmo com uma leve queda, o indicador acumula uma alta de 2,6% em 2024, até aqui, e de 2% em 12 meses.

Esse resultado fez coro a outros indicadores de atividade que foram divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que apontam a força da atividade brasileira.

O registro de vendas no varejo de julho que foi divulgado na última semana apontou uma alta mensal de 4,4%, acima das expectativas de mercado e com uma aceleração em relação ao mês anterior.

O setor de serviços apresentou um crescimento de 1,2% em julho.

Os serviços estão 15,4% acima do nível pré-pandemia e renovaram seu maior patamar histórico.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, registrou queda de 0,02% nos preços, na primeira deflação registrada neste ano.

Mesmo com a redução, a inflação anual continua muito perto do teto da meta do Banco Central do Brasil (BC).

Levando em conta o acumulado de 12 meses até agosto, os preços subiram 4,24%. A meta de inflação é de 3% para este ano, e será considerada cumprida se a inflação ficar entre 1,50% e 4,50%.

Apesar da deflação, o mercado segue com projeções de alta dos preços à frente e preocupação com os gastos públicos do governo, o que alimenta as expectativas de que o BC deve promover uma nova alta da taxa básica de juros (Selic) na reunião do Copom desta semana.

A taxa Selic está em 10,50% ao ano, um patamar já considerado alto, mas resultado de uma sequência de cortes.