Sintomas da dengue e medicamentos que devem ser evitados em caso de suspeita da doença

Dores no corpo , dores de cabeça e mal-estar. Esses são sintomas que estão diretamente associados de imediato à dengue. 

No entanto, a doença não se resume apenas a essas manifestações, já que pode se apresentar em formas bem mais graves.

Durante o período chuvoso, acende um alerta para o aumento nos casos da doença com a alta na procura por atendimento para suspeitas de infecção em todo o país.

No ano de 2023, somente a capital Rio Branco , no Acre, confirmou 779 casos, e nenhum óbito causado pela doença foi registrado. 

Nesta primeira semana de 2024, são atendidos, em média, 400 casos por dia de suspeita de dengue nas unidades de referência.

À reportagem ouviu uma especialista que explicou sobre os sintomas que podem ser sentidos por pacientes da doença transmitida pelo Aedes aegypti e que registrou mais de 1,6 milhões de casos em 2023.

Sintomas causados pela doença 

A infectologista Cirley Lobato explica que a dengue é uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica, e dura entre dois a sete dias.

A febre geralmente é o primeiro sintoma que se manifesta, e, geralmente, permanece acima de 38ºC. A infectologista ressalta que, após a picada do mosquito, os sintomas aparecem entre 2 a 10 dias. Alguns pacientes apresentam mais ou menos sintomas.

Outros sintomas também podem ocorrer como dor de cabeça, cansaço, dor nos músculos (mialgia), dor nas articulações (artralgia), dor atrás dos olhos (retro-orbitária) e vermelhidão na pele (exantema) com ou sem coceira (prurido). O paciente também pode apresentar náuseas, vômito e diarreia.

Cirley também explica que a doença pode evoluir para a forma hemorrágica, que é a mais grave, e que pode causar morte.

“Deve-se estar atento aos sinais de alerta, que podem iniciar entre o quinto e sétimo dia de doença, quando a febre diminui, e o paciente começa a apresentar dor abdominal, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos, queda da pressão arterial e desmaio, sonolência ou irritabilidade, fígado aumentado maior do que 2 cm abaixo da costela, sangramento de mucosa e aumento progressivo do hematócrito, que a gente vê no hemograma. Se não conduzida de forma adequada, leva a óbito”, ressalta a especialista.

Medicações que devem ser evitadas

Pacientes que apresentam suspeita de dengue devem evitar anti-inflamatórios não hormonais como diclofenaco e ibuprofeno, AAS, e aspirina, segundo a infectologista. 

Esses medicamentos devem ser evitados porque elevam o risco de sangramento por provocarem irritação no estômago.

“Para amenizar dor e febre, pode ser usado paracetamol ou dipirona”, acrescenta.

De acordo com a especialista, o tratamento deve ser iniciado com repouso e também é recomendado aumentar a ingestão de líquidos. 

No entanto é preciso procurar uma unidade de saúde o mais rápido possível, já que estão em circulação outros vírus que provocam sintomas semelhantes, como Chikungunya e Covid.