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  • Brigadeirão da morte: doce com morfina e clonazepam; como agem as substâncias encontradas no corpo de empresário morto no Rio


  • A namorada envenenou o empresário, segundo a polícia. Mulher teria colocado aproximadamente 60 comprimidos de medicamento à base de morfina em doce. Além de clonazepam, um tipo de calmante.

O brigadeirão que provocou a morte por envenenamento do empresário Luiz Marcelo Ormond, no Rio de Janeiro, continha morfina e clonazepam, de acordo com a perícia da polícia.

A investigação aponta que a namorada dele colocou aproximadamente 60 comprimidos diluídos do medicamento Dimorf no brigadeiro. 

O doce também continha comprimidos de clonazepan, um calmante. Vejamos o que são as substâncias e como elas agem no corpo.

Morfina

Foi descoberta a partir do ópio, seiva da papoula, a morfina é utilizada para tratar dor intensa sendo o mais antigo opioide usado para esse fim.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) libera o uso do medicamento para o tratamento da dor intensa. 

Segundo o protocolo do Ministério da Saúde, o medicamento só deve ser usado em casos nos quais o paciente não responde mais a outros medicamentos.

A droga é bastante utilizada em pacientes paliativos no tratamento de dores crônicas oncológicas, musculoesqueléticas e também neuropáticas. 

A droga também pode ser usada para a sedação de pacientes em estado crítico em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

A morfina age no sistema nervoso central, se conectando a receptores cerebrais chamados Mu.

Com isso, inibe a dor. Em doses maiores, ela causa a sedação.

A substância precisa do uso controlado e do acompanhamento médico, isso porque ela pode levar a problemas cardíacos e respiratórios quando utilizada em doses altas.

Clonazempan

O clonazepam pertence a uma linha de remédios chamados benzodiazepínicos, esses medicamentos possuem como principais propriedades a inibição de várias funções do sistema nervoso.

Ele é utilizado para o tratamento de epilepsia, transtornos de ansiedade, síndrome do pânico, entre outros.

Quando utilizado em doses altas, ele pode causar a sedação, chegando a quadros de coma que podem levar à morte. Por isso, o uso é controlado.