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  • Lula afirma ter mais "seriedade fiscal" do que "quem dá palpite" nisso no Brasil


  • Durante entrevista à Record, presidente relatou que meta de déficit zero em 2024 "não está rejeitada", embora enfatizou que não possui obrigatoriedade a cumpri-la se ocorrer "coisas mais importantes"

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirma que não é "marinheiro de primeira viagem" bem como não é obrigado a cumprir a meta fiscal se acontecer "coisas mais importantes" para serem realizadas.

"Seriedade fiscal eu tenho mais do quem dá palpite na questão fiscal no Brasil", disse Lula em entrevista, nesta terça-feira (16).

Todavia, o presidente destacou que a meta fiscal "não está rejeitada".

 "Vamos fazer o que for necessário para cumprir o arcabouço fiscal", complementou.

Setores do mercado financeiro questionam se o governo conseguirá atingir a meta de zerar o déficit primário, a qual é a diferença entre receitas e despesas.

Até o fim deste ano, em meio às dúvidas relacionadas as medidas que têm finalidade de aumentar a arrecadação e que transitam no Congresso Nacional.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou que Lula organizará cortes de gastos primários se medidas do tipo forem precisas para balancear as contas públicas. 

Conforme um relatório a ser apresentado na segunda-feira (22) pela pasta econômica, deve conter uma intervenção de bloqueio ou contingenciamento de verbas, caso necessite

À Record, Lula contou que necessita "estar convencido se há necessidade ou não de cortar" antes de realizar qualquer corte e frisou ter uma "divergência histórica e de conceito" com o mercado financeiro. 

"Nem tudo que eles tratam como gasto, eu trato como gasto", disse.

"Esse país é muito grande e poderoso. O que é pequeno é a cabeça de alguns dirigentes desse país e especuladores", declarou.

 "O que é importante é que esse país esteja crescendo", acrescentou.