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  • Governador do Maranhão tem parentes afastados de cargos públicos por nepotismo


  • Alexandre de Moraes, em decisão, afirmou que "prática do nepotismo é injustificável em nossa realidade atual"

Cinco parentes do governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), foram afastados de seus cargos no governo por nepotismo.

Nesta sexta-feira (18), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes divulgou a decisão.

“A Administração Pública deve ser impessoal, ou seja, o agente público deve visar o interesse público e não a satisfação de seus interesses pessoais ou familiares”, aponta Moraes.

- Mariana Braide Brandão Carvalho (Coordenadora da Unidade Sorrir da Secretaria de Estado da Saúde)

- Ítalo Ausgusto Reis Carvalho (Subsecretário da Secretaria de Estado da Infraestrutura e Conselheiro da Maranhão Parcerias)

- Melissa Correia Lima de Mesquita Buzar (Subsecretária da Secretaria de Estado da Administração)

- Gilberto Lins Neto (Diretor-Presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária)

- Elias Moura Neto (Gerente de Qualidade e Planejamento da Companhia de Gás do Maranhão)

O partido Solidariedade foi responsável pelo protocolo da ação que questionou a nomeação e contratação de 14 parentes do governador para cargos públicos no estado.

Do total apontado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) entendeu que sete foram nomeados para cargos políticos.

“A prática do nepotismo é injustificável em nossa realidade atual. É imoral, fere a ética institucional que deve reger os Poderes do Estado, pois fere o senso de razoabilidade da comunidade a utilização de cargos públicos para o favorecimento familiar e garantia de empregabilidade doméstica”, pontua Moraes.

Segundo o ministro, os outros oito nomes não violam a súmula 13 da Corte, que diz respeito a nomeações de pessoas próximas, como parentes, para cargos na administração pública.

O ministro Moraes também determinou que Carlos Brandão e o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão informem em até cinco dias se há parentes, companheiros ou cônjuges de deputados estudais ocupando cargos de chefia, direção ou assessoramento.