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Alerta da OMS adverte que a invasão de Israel a Rafah seria uma "catástrofe incomensurável"
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Cerca de mais de um milhão de palestinos estão refugiados em Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, na fronteira com o Egito
- Por Camilla Ribeiro
- 14/02/2024 12h44 - Atualizado há 10 meses
Nesta quarta-feira (14), a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta, advertindo que uma ofensiva militar israelense contra Rafah, no sul de Gaza, resultaria em uma "catástrofe incomensurável".
Além disso, ameaçaria levar o sistema de saúde do território palestino à beira do colapso.
"As atividades militares nesta área, nesta area densamente povoada, seriam, obviamente, uma catástrofe incomensurável e expandiriam ainda mais o desastre humanitário para além da imaginação", relatou Richard Peeperkorn, representante da OMS para Gaza e Cisjordânia.
Rafah, localizada no extremo sul da Faixa de Gaza, na fronteira com o Egito, abriga mais de um milhão de palestinos refugiados.
Muitos desses refugiados vivem em acampamentos e abrigos improvisados após fugirem dos bombardeios israelenses em outras partes de Gaza.
Os militares israelenses relatam que desejam expulsar os militantes do Hamas dos esconderijos em Rafah e libertar os reféns que estão presos, porém não forneceu detalhes de um plano proposto para evacuar os civis.
As Nações Unidas alertaram que uma ofensiva israelense ali poderia causar "levar a um massacre".
"Também aumentará a carga sobre um sistema de saúde completamente sobrecarregado, que já está de joelhos, e aumentará a carga do trauma e colocará o sistema de saúde mais perto da beira do colapso", disse Peeperkorn.
Peeperkorn afirmou que a capacidade da OMS de distribuir auxílio médico a Gaza era limitada devido a muitos dos seus pedidos de entrega de suprimentos serem rejeitados.
Ademais, disse também que apenas 40% das missões da OMS ao norte de Gaza foram autorizadas desde novembro e que este número caiu significativamente desde Janeiro.
"Todas estas missões foram negadas, impedidas ou adiadas", disse ele, acrescentando que era "absurdo" que apenas 45% dos pedidos de missão da OMS para o sul de Gaza tivessem sido atendidos.
Anteriormente, Israel negou ter impedido a entrada de ajuda.
"Mesmo quando não há cessar-fogo, devem existir corredores humanitários para que a OMS e a ONU possam fazer o seu trabalho", disse Peeperkorn.