Superávit de R$15,6 bilhões em contas do governo

A Secretaria do Tesouro Nacional informou nesta terça-feira (30), que as contas do Governo Federal registraram um superávit primário de R$ 15,6 milhões em abril.

Esse superávit quer dizer que as receitas superaram as despesas, sem considerar os gastos com juros da dívida pública. O contrário é chamado de déficit primário.

Considerando o registro no mesmo mês no ano passado o resultado é quase 50% menor, quando o superávit foi de 29 bilhões (valores nominais) ou de 30 bilhões (valores atualizados pela inflação).

Essa queda é resultado da redução de 1,8% de receita líquida e o acréscimo de 8,1% das despesas totais, comparando com abril de 2022.

O Tesouro Nacional explica essa redução da receita , principalmente, pela queda de R$ 9,3 bilhões na arrecadação com o tributo sobre a exploração de recursos naturais.

O aumento das despesas de abril é explicado, principalmente, pelos gastos com alguns benefícios dos programas sociais entre eles Bolsa Família, Abono Salarial e Seguro Desemprego.

Acumulado do ano

De janeiro a abril, as contas registraram superávit de R$ 47,3 bilhões, em valores sem atualização pela inflação. Após atualização, o superávit é de R$ 48,33 bilhões.

De acordo com o Tesouro o acumulado do ano é quase 50% menor que o valor registrado no mesmo período do ano passado.

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, diz que apesar da queda em relação a o acumulado em 2022 o resultado deste ano foi “bom”. Isso porque o governo ainda não tomou nenhuma medida para aumentar a arrecadação.

“Primeiro quadrimestre se encerra com resultado fiscal bom pro período, a gente tem margem de superávit primário, que deve ser consumido, maio tem pagamento de precatórios, [maio] é deficitário sazonal no governo”, afirmou Ceron.

A previsão do governo para o ano de 2023, divulgada no último relatório de receitas e despesas é de que o saldo fique negativo em R$ 136,2 bilhões.