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  • Programa Desenrola alcança R$ 126 bilhões em descontos para dívidas, de acordo com o governo


  • Após o leilão com credores a meta de R$ 126 bilhões foi atingida. Governo diz que o programa pode beneficiar 32 milhões de pessoas.

O Ministério da Fazenda anunciou hoje, sexta-feira (29), que o programa de renegociação de dívidas denominado “Desenrola” obteve descontos no valor de R$ 126 bilhões após a ocorrência de um leilão de débitos entre credores.

O montante total das dívidas que que haviam sido leiloadas era de R$ 151 bilhões.

"O programa pode ser considerado um enorme sucesso. Nós não esperávamos esse resultado, de maneira que os R$ 151 bilhões, com os descontos aplicados, se transformaram em R$ 25 bilhões [que podem ser renegociados]", explicou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterando que o Tesouro Nacional ainda deve dar garantias para cerca de R$ 15 bilhões desse valor.

O Governo Federal concluiu o leilão na quarta-feira passada (26), com a participação de 654 empresas com dívidas a receber, bancárias e não bancárias, exemplo: conta de luz, água, entre outros.

No total, foram concedidos R$ 59 bilhões em descontos para as dívidas de até R$ 5 mil reais e mais R$ 68 bilhões para entre R$ 5 mil e R$ 20 mil reais.

De acordo com os dados do governo, a média global de descontos atingiu 83%.

O objetivo para as renegociações com o Fundo de Garantia de Operações (FGO) será para as dívidas de até R$ 5 mil, que poderão ser renegociadas à vista ou em parcelamento. 

Com o término do leilão, o governo está pronto para iniciará primeira etapa do “Desenrola”.

Segundo o Ministério da Fazenda, está próxima fase de renegociação pode auxiliar 32 milhões de indivíduos que se encontram com registros negativos.

Além disso, o número de acordos de dívidas passíveis de negociação pode chegar a 60 milhões.

Plataforma 

A renegociação final ocorrerá por meio de uma plataforma digital, que está prevista para abrir na segunda semana de outubro. 

Para acessá-la, o devedor entrará no sistema com seu login do portal gov.br. 

Nessa etapa, os interessados poderão renegociar suas dívidas com descontos, podendo pagar à vista ou em até 60 parcelas, com juros de até 1,99% ao mês. 

"E quando a plataforma estiver disponível, os bancos poderão ofertar, inclusive, juros menores do que esse", relatou o secretário de reformas econômicas da Fazenda, Marcos Pinto.