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  • A restrição da desoneração da folha não é apropriada e pode ameaçar empregos, relata CBIC


  • O conjunto de medidas econômicas visa alcançar a estabilidade nas contas públicas

Nesta quarta-feira (28), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou três medidas econômicas com o objetivo de promover o  equilíbrio nas contas públicas.

Uma das propostas do ministro da Fazenda, enviadas ao Congresso, inclui a desoneração gradual da folha de pagamentos.

As entidades dos setores afetados se manifestaram contrárias as ações propostas pelo Ministério da Fazenda. 

Em comunicado, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) reconhece os esforço do governo na organização do orçamento, porém expressa contra a maneira como está sendo feito.

"Limitar a desoneração da folha de pagamentos, reduzir ou até mesmo acabar não é adequado para a prosperidade da economia brasileira", relata.

"Não é coerente colocar em risco milhares de postos de trabalho para isso. Não há mais espaço para aumentar os encargos sobre a população e sobre as empresas. O país precisa de desenvolvimento e

empregos, e o aumento de impostos e encargos vai trazer o caminho contrário" completa.

Os apoiadores da desoneração da folha de pagamentos declaram que a medida é importante para se manter a saúde do mercado de trabalho.

De acordo com projeções da União Geral dos Trabalhadores (UGT), cerca de mais de 1 milhão de empregos foram mantidos com a queda do veto ao projeto que prorroga até 2027 a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia. 

A entidade planejava uma redução de 10% nos aproximadamente 9,7 milhões de trabalhadores atualmente beneficiados pela desoneração.

Segundo a CBIC, qualquer ação do governo contra a desoneração terá impactos negativos para todo o Brasil, não se limitando para as pessoas envolvidas nos 17 setores abrangidos pela medida.

"A desoneração foi uma conquista não apenas dos 17 setores impactados, mas de todo o país, que tem nesta medida a segurança jurídica tão necessária para o setor produtivo e o estimulo ao emprego que o Brasil precisa", declara.