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  • Projeto Para Baratear Linha Branca Não Avança


  • O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) tiveram um encontro para tratar de diversos assuntos. No entanto, o barateamento da linha branca não foi incluído na pauta das discussões.

Um estudo prévio sobre a recriação do programa de desconto para eletrodomésticos da linha branca provavelmente não será levado adiante.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), liderado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, realizou uma análise que apontou a dificuldade de executar um programa de incentivo nos moldes do que foi feito para carros zero quilômetro.

De acordo com uma fonte ouvida pelo blog, um dos principais obstáculos é o grande número de fabricantes e modelos no mercado de eletrodomésticos, tornando difícil ou mesmo impossível a implementação de uma regra de crédito fiscal.

Programa de descontos para a linha branca pode não sair do papel — Foto: Reprodução

Durante um evento no Planalto, o ex-presidente Lula sugeriu a Alckmin a reedição do programa de incentivo à compra de eletrodomésticos da linha branca, fazendo referência ao programa de desconto para automóveis.

No programa para veículos, o governo federal ofereceu às montadoras créditos tributários que poderiam ser usados em abatimentos no futuro, possibilitando que algumas fabricantes colocassem modelos com preços reduzidos à disposição dos consumidores.

Por outro lado, o programa de desconto na linha branca, implementado no segundo mandato de Lula, foi realizado por meio da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), uma medida que o Ministério da Fazenda da atual gestão rejeitou no caso do programa de automóveis.

Medida Pode Ser Engavetada

Pauta não é mais prioridade para o Ministro Haddad — Foto: Reprodução

De fato, até o momento, não é possível afirmar com certeza se o Governo Federal desistiu ou não do projeto de barateamento da linha branca.

No entanto, considerando que o Ministro Haddad se encontrou com o ex-presidente Lula e com o vice-presidente Alckmin sem que o assunto tenha sido mencionado, pode-se inferir que essa questão não é uma prioridade para o Palácio do Planalto neste momento.

Essa situação pode ser interpretada como uma possível vitória da ala econômica do Governo Federal, que estava em disputa interna pela não liberação do programa.

Enquanto Lula defendia a inclusão do barateamento da linha branca no orçamento deste ano, a Fazenda, representada pela ala econômica, resistia à ideia, preocupada com o endividamento das pessoas e o possível impacto negativo nas contas públicas.