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  • Desemprego apresenta queda de 6,6% no trimestre até agosto, esse é o menor nível da série histórica para o período, diz IBGE


  • O instituto também registrou que a população desocupada caiu para 7,3 milhões

Nesta sexta-feira (27), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou uma queda na taxa de desemprego.

A taxa caiu para 6,6% no trimestre encerrado em agosto, sendo a menor para um trimestre encerrado no mês na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).

A média das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 6,7% no período.

Segundo o instituto, a população desocupada caiu para 7,3 milhões, o menor número de pessoas que estão procurando trabalho desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.

Foi registrada queda na comparação com a taxa de 7,1% no trimestre imediatamente anterior, até maio, e ante os 7,8% vistos no mesmo período do ano passado, chegando ao menor nível.

A taxa de desemprego no Brasil continua em patamares historicamente baixos neste ano diante de um mercado de trabalho aquecido, esse cenário deve continuar por algum tempo.

“A baixa desocupação reflete a expansão da demanda por trabalhadores em diversas atividades econômicas, levando a taxa de desocupação para valores próximos ao de 2013, quando esse indicador estava em seu menor patamar”, disse a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy.

Esse cenário, aliado ao constante aumento da renda, para trazer preocupações com a inflação, principalmente com os preços ligados a serviços.

O Banco Central já acionou o sinal de alerta com relação à inflação, tendo elevado a taxa básica de juros Selic em 0,25 ponto percentual na semana passada, a 10,75% ao ano.

No trimestre até agosto, o número de desempregados apresentou queda de 6,5% com relação ao trimestre até maio e recuou 13,4% ante o mesmo período de 2023, chegando a 7,281 milhões de pessoas.

Esse é o menor número de pessoas que estão procurando trabalho desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.

O total de ocupados apresentou um crescimento de 1,2% na comparação com o trimestre imediatamente anterior e cresceu 2,9% sobre os três meses até agosto do ano passado, com um contingente de 102,517 milhões, um recorde na série histórica do IBGE.

Os trabalhadores que têm carteira assinada no setor privado tiveram alta de 0,8% sobre o trimestre até maio, a 38,642 milhões, já os que não tinham carteira aumentaram 4,1%, atingindo 14,239 milhões, ambos recordes.

No trimestre até agosto, o rendimento médio real das pessoas ocupadas foi de 3.228 reais, de 3.209 reais no trimestre até maio e 3.073 reais no mesmo período do ano anterior.