Yellen parabeniza Haddad e relata que reforma tributária é "verdadeiramente histórica"

Janet Yellen, a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, parabenizou nesta terça-feira (27) o papel prestado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na aprovação da reforma tributária.

"Parabenizo o ministro Haddad por conquistar uma reforma tributária verdadeiramente histórica. Isso melhorara o modo de fazer negócios aqui, incluindo para empresas americanas buscando investir [no Brasil'", falou a secretária.

A fala dada por Yellen ocorreu durante um encontro com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em um evento fornecido pela Amcham - Câmara Americana de Comércio para o Brasil.

Além disso, Yellen confessou ainda que enxerga grandes oportunidades para o Brasil se enquadrar mais nas cadeias de oferta globais, porém enfatizou a importância do país preparar o terreno para os aportes.

"É vital que o Brasil crie condições para o setor privado investir e crescer", destacou.

Depois do encontro com Marina Silva, Yellen teve uma reunião bilateral com o ministro da Fazenda, que se fez presente virtualmente.

Amos membros exploraram oportunidades de cooperação no desenvolvimento inclusivo e sustentável entre os dois países, e também sobre questões relacionadas as mudanças climáticas.

Em nota, o Departamento do Tesouro esclareceu que os Estados Unidos esperam com expectativa um ano produtivo de envolvimento com o Brasil no G20.

Cooperação bilateral

Através do seu discurso durante o encontro com Marina Silva, Yellen falou que os EUA serão um parceiro forte para o Brasil.

Entretanto, afirmou que o país ainda precisa tratar com as tarifas externas elevadas e com a adoção dos códigos e padrões da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Praticar isso, disse ela, tornaria o Brasil "ainda mais atraente para os investidores estrangeiros, criando oportunidades adicionais para ambas as nossas economias".

Ademais, disse que o Brasil também está particularmente bem posicionado para se beneficiar da transição global para a neutralidade de carbono.

De acordo com ela, o país possui uma rede de energia já amplamente fornecida em energia renovável, sendo um ativo importante à medida que as economias mundiais internalizam cada vez mais o custo do carbono na produção.

A secretária falou que existem "oportunidades significativas" para as empresas dos EUA e de outros setores privados na economia verde do Brasil, abrangendo a transição para a energia limpa e o investimento em alimentos à base de plantas e indústrias de cosméticos.