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  • Haddad estuda a possível construção de fábrica de baterias elétricas no Brasil


  • O Ministro da Fazenda fez uma visita a Universidade de São Paulo durante este sábado. De acordo com ele, o custo de construção de uma fábrica de células de bateria elétrica no Brasil é de cerca de US$ 2 bilhões, ou seja, quase R$ 10 bilhões.

Fernando Haddad, ministro da fazenda, disse neste sábado (23) que o valor de uma  construção de fábrica de células de bateria elétrica no Brasil é de cerca de US$ 2 bilhões, quase R$ 10 bilhões.

Esse orçamento foi estabelecido levando em consideração o fechamento do câmbio desta sexta-feira (22) no valor de R$ 4,93.

Haddad declarou também que, se os setores de pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) e governamental trabalharem juntos e "apertarem os botões certos", será possível mobilizar recursos da Petrobras, dos fundos, do Ministério da Ciência e Tecnologia em proveito desses projetos. 

O ministro continuou "Porque é o que está na ordem do dia, é urgente, necessário, e é uma oportunidade para o Brasil".

"São esses os valores que estão na mesa para que os países tomem a decisão do que fazer. E à luz do que ouvimos aqui, imaginar que é caro o investimento que vai ser feito aqui, é não ter a dimensão do retorno que vai ter para o Brasil", declarou o ministro durante visita ao "Research Centre for Greenhouse Gas Innovation", da USP.

O ministro da Fazenda apontou, que talvez outros países olhem para isso como despesa, mas, em sua visão, o Brasil tem condições de "rapidamente converter esse custo em taxas de retorno consideráveis". "É mais uma vez uma janela que aparece à nossa frente, e tenho certeza que esse governo não vai desperdiçar", concluiu.

Baterias elétricas 

As baterias elétricas que foram citadas pelo ministro Haddad podem ser usadas em celulares, dos laptops e veículos elétricos, por exemplo. 

O insumo fundamental para a fabricação dessa baterias citadas por Haddad, o lítio, é um minério presente no Brasil, o país tem 8% das reservas de todo o mundo

“A maior demanda é no setor de baterias, que responde hoje por mais de 90% do mercado mundial de lítio, da demanda mundial de lítio. Agora, o mercado interno sempre foi o foco. Como, por exemplo, a indústria farmacêutica, temos a indústria cerâmica, a indústria de graxas, lubrificantes. Então, o lítio tem muitas aplicações relevantes e a gente sempre atendeu elas todas no Brasil”, disse Vinícius Alvarenga, presidente da Companhia Brasileira de Lítio.

O país tem 8% das reservas mundiais desse metal necessário para a indústria em todo o planeta. O subsolo do Vale do Jequitinhonha, em MG, guarda 85% das reservas brasileiras.