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  • Governo sofrerá alterações para isentar IR de quem ganha até 2 salários mínimos, diz Lula


  • Na véspera, Haddad afirmou que governo realizará uma revisão na tabela de impostos para ajustar isenção

Nesta terça-feira (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) relatou que o governo implementará as alterações precisas para aqueles que ganham até dois salários mínimos por mês fique isento do imposto de renda da pessoa física (IRPF), após a faixa deixar de ser isenta com o ajuste do salário mínimo.

Durante entrevista a Rádio Metrópole, de Salvador, Lula confirmou sua promessa de campanha destinada a isentar do imposto de renda quem ganha até RS 5 mil mensais até o final de seu mandato, em dezembro de 2026.

"Com o reajuste do salário mínimo, as pessoas que ganham dois mínimos parecem que vão voltar a pagar imposto de renda, mas não vão, porque nós vamos fazer as mudanças agora para que quem ganha até dois mínimos não pague imposto de renda", falou Lula.

"E você sabe que eu tenho um compromisso de chegar no final do meu mandato isentando todas as pessoas que ganham até R$ 5 mil. É um compromisso de campanha, mas sobretudo é um compromisso de muita sinceridade.”

“Nesse país quem vive de dividendo não paga imposto de renda, e quem vive de salário paga imposto de renda. O Haddad sabe que nós temos que fazer esses ajustes."

Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite de segunda-feira (22), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, citou que o governo realizará uma revisão da tabela do Imposto de Renda para ajustar a faixa de isenção.

O ministro sugeriu que uma reforma mais abrangente da tributação em relação a renda pode ser adiada por ser importante priorizar ,neste ano, a regulamentação da reforma tributária sobre o consumo.

Hoje, durante conversa com jornalistas em Brasília, Haddad declarou que até o fim deste mês o governo finalizará os cálculos para isentar aqueles que ganham até dois salários mínimos do imposto de renda.

"Até o final do mês a gente vai ter essa conta. Neste mês ainda a gente vai ter a conta" afirmou.

Na entrevista à Rádio Metrópole, Lula abordou o veto que impôs a R$ 5,6 bilhões de emendas parlamentares ao sancionar o Orçamento de 2024, destacando simultaneamente que exaltou a relação que teve com o Legislativo no primeiro ano de seu terceiro mandato.

"Ontem eu tive que vetar o Orçamento, vetei RS 5,6 bilhões e tenho o maior prazer de juntar lideranças, conversar com lideranças e explicar porque foi vetado", explicou.

"Eu sinceramente acho que o Congresso até agora fez o que tinha que fazer, votou tudo que a gente queria que fosse votado. Aprovamos pela primeira vez num regime democrático uma reforma tributária. Não tenho do que reclamar da relação do Poder Executivo com o Congresso Nacional."