-
13º salário deixa o comércio animado que projeta crescimento nas vendas de Natal
-
Os especialistas recomendam, no entanto, para quem tiver dívida priorizar os acertos das contas.
- Por Camilla Ribeiro
- 19/11/2023 16h50 - Atualizado há 11 meses
A partir da próxima semana, aproximadamente 88 milhões de brasileiros começarão a receber a primeira parcela do 13º salário, porém já tem muita gente gastando por conta.
O arquiteto Alan de Lima é uma dessas pessoas, porém garante que parte do dinheiro irá ser reservado para gastos fixos. "De início de ano né, como IPVA, IPTU e seguro do carro", diz.
O comércio está otimista, mas aposta no pagamento da segunda parcela, que ocorre em dezembro. Segundo a Confederação Nacional do Comércio, será melhor do que no ano passado.
"As vendas de Natal devem movimentar quase R$ 70 milhões, portanto mais da metade do efeito do consumo sobre o comércio pode ser atribuído ao 13° salário", explicou o economista Fábio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio.
Especialistas recomendam o uso desse dinheiro, para quem tiver dívida, priorizar os acertos das contas.
"Se você está com aluguel atrasado, se tem conta atrasada, isso é prioridade", explica Myrian Lund, especialista em finanças pessoais e professora da FGV.
Poupando o que sobra
A funcionária pública aposentada, Neuza Barbosa não possui dívidas e diz que vai deixar para a poupança. O professor aposentado Chester Pereira Nunes Silva também garantiu que irá poupar.
"Alguém da família adoece, então você tem que ter uma reserva", diz.
Para a especialista Myrian Lund. "Uma reserva de emergência não é só para coisas ruins, mas também para coisas boas. É para dar qualidade de vida, para você poder fazer escolhas", fala.
E se for para compra de Natal, ela recomenda uma lembrancinha ou algo que tenha mais significado.
Quem tem direito ao 13°?
O 13° é um direito de cidadãos que trabalham com carteira assinada, aposentados, pensionistas e empregados domésticos. Ao todo, são 87,7 milhões de pessoas no Brasil e o valor varia de acordo com o salário de cada um.
Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a média a ser paga em 2023 é de R$ 3.057.