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  • Mudanças no Bolsa Família: nova versão do programa paga valor extra.


  • O programa do governo vai pagar o maior benefício da história com valor correspondente a R$ 705, 40 por família.

Nesta segunda-feira (19), as famílias beneficiadas pelo programa Bolsa Família começarão a receber os seus rendimentos de junho acrescidos com o valor de R$ 50 para gestantes e também famílias com crianças e adolescentes que tenham de 7 a 18 anos. 

Esse valor será somado aos R$ 150 por criança com idade de zero a 6 anos em famílias chefiadas apenas por mulheres. 

Com essa medida o tíquete médio que será recebido por cada família alcançará o maior valor pago na história do programa, chegando a R$ 705,40, de acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

A região que recebe a maior benefício de todo o país é a região Norte, com valor de R$ 740,37 para as famílias beneficiadas pelo programa.

Depois da região Norte o Centro-Oeste apresentar benefício médio de R$ 721,16, depois o Sul com R$ 711,28. Já no Sudeste as famílias receberão em média, R$ 700,26, e no Nordeste o valor recebido será de R$ 696,76.

Segundo o MDS, o Bolsa Família está beneficiando atualmente 21,2 milhões de famílias. Para o mês de junho o orçamento do programa é de R$ 14,97 bilhões, esse valor é recorde de pagamento mensal.

Os acréscimos garantem que 9,8 milhões de famílias recebam mais recursos neste mês do que em maio. Até então, o maior benefício médio já registrado era o do mês passado, quando os lares brasileiros receberam, em média, R$ 672,45.

"Com esse dinheiro, as famílias mais pobres compram alimentos, suprem outras necessidades, e o dinheiro circula na economia, principalmente nos lugares mais pobres, e impacta na economia local”, informou a pasta.

O programa retomou o modelo original que foi criado durante o primeiro governo de Lula, nos anos 2000. 

O principal ponto reestabelecido é retomada das contrapartidas das manutenção da frequência escolar das crianças e também a atualização da caderneta de vacinação.

Durante o governo do ex-presidente, Jair Bolsonaro, o programa foi substituído pelo Auxílio Brasil, que não fazia nenhuma dessas exigências.

O programa prevê a atualização do Cadastro Único e integralização com o Sistema Único de Assistência Social (Suas), por meio de busca ativa incluindo quem está fora do programa.

E acordo com o ministro da Assistência e do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, será feito uma integração com mais 32 programas direcionados para a qualidade de vida da população mais pobre.

O aumento do benefício foi possível graças a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que ocorreu no fim de 2022.