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  • Governo eleva para 2,5% a estimativa de crescimento do PIB em 2024 e não considera as enchentes no RS


  • A Fazenda divulgou que 'magnitude' do impacto das enchentes no estado no PIB dependerá de ações futuras. A Secretaria de Política Econômica também aumentou a estimativa de inflação para este ano, a 3,7%.

Nesta quinta-feira (16), a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda aumentou a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024: de 2,2%, em março deste ano, para 2,5%.

A estimativa para a inflação deste ano também foi elevada de 3,5% para 3,7%.

Porém, ao fazer o cálculo não foi considerada o impacto financeiro causado pela tragédia provocadas pelas enchentes e inundações no Rio Grande do Sul 

Projeção do PIB

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é usado para medir a evolução da economia. 

Em 4 de julho será divulgado o resultado oficial do período, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

-Dados oficiais do IBGE em 2023 mostram que o PIB apontou um crescimento de 2,9% em comparação com o ano anterior.

-Ao realizar a projeção de uma alta de 2,5% neste ano, o governo espera uma desaceleração no ritmo de crescimento da economia brasileira.

A estimativa do governo federal ainda está acima da projeção do mercado financeiro prevendo o crescimento de 2,09% para este ano.

O registro dessa expectativa foi coletada pelo Banco Central no boletim Focus, que ouviu mais de 100 bancos na última semana.

O Banco Central faz a estimativa de um crescimento da economia da ordem de 1,9%em 2024.

A projeção foi divulgada em março deste ano pelo relatório de inflação.

Para o ano 2025, o Ministério da Fazenda manteve a expectativa de crescimento do PIB brasileiro, permanecendo em 2,8%.

-Com isso, o governo espera aceleração da atividade econômica no ano que vem.

-O mercado financeiro, por sua vez, projeta uma expansão da economia de 2% no ano que vem.

Rio Grande do Sul

O Ministério da Fazenda informou que, em suas estimativas para o crescimento do PIB, não estão considerados os impactos da calamidade no Rio Grande do Sul na atividade econômica.

"A magnitude do impacto depende da ocorrência de novos eventos climáticos, de transbordamentos desses impactos para estados próximos e do efeito de programas de auxílio fiscal e de crédito nas cidades atingidas pelas chuvas", informou o governo.

Segundo a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, o PIB do Rio Grande do Sul, com peso aproximado de 6,5% no PIB brasileiro, "deverá registrar perdas principalmente no segundo trimestre, parcialmente compensadas ao longo dos trimestres posteriores".

"Atividades ligadas à agropecuária e indústria de transformação deverão ser as mais afetadas a nível nacional, por serem mais representativas no PIB do estado que no PIB brasileiro", acrescentou.

O Ministério da Fazenda também piorou sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024.

Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento.

Em março, o governo tinha estimado que a inflação atingiria 3,50% neste ano, valor que subiu para 3,70% no documento divulgado hoje.

"O aumento nas estimativas para a inflação captura tanto os efeitos da depreciação cambial recente nos preços livres como os impactos das fortes chuvas no Rio Grande do Sul na oferta e nos preços de produtos in natura, arroz, carnes e aves", informou a área econômica.

Segundo o Ministério da Fazenda, os preços desses alimentos "devem subir de maneira mais pronunciada nos próximos dois meses, mas parcela relevante desse aumento deve ser devolvida nos meses seguintes, com a normalização da oferta".

-Para este ano, meta central de inflação é de 3% e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano.

-Na semana passada, o mercado financeiro estimou que o IPCA, totalizará 3,76 em 2024.

A equipe econômica espera para o ano que vem uma inflação de 3,20%, apresentando crescimento em relação à estimativa anterior, divulgada em março deste ano, de 3,10%.

A meta central de inflação  que foi definida para 2025 é 3%, podendo ser cumprida se ficar entre 1,5% e 4,5%.

-O principal Banco Central para conter a inflação tem como instrumento principal a taxa básica de juros com 10,5% ao ano após sete quedas consecutivas.

-Enquanto as projeções de inflação estiverem em linha com as metas, o BC pode baixar os juros. Caso ocorra o contrário será preciso manter a taxa ou até mesmo elevá-la.