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  • Sem orçamento, governo buscará dinheiro para o Novo PAC em fundos do exterior em 2024


  • Países como Espanha, França, EUA, China, Arábia Saudita e Cingapura estão entre os destinos

O governo irá disponibilizar técnicos para rodar o mundo em 2024 com a missão de apresentar projetos do Novo PAC, principal programa de investimento da gestão. 

O objetivo é atrair dinheiro tanto de fundos soberanos quanto de parceiros privados, já que no momento  o espaço para investimentos é apertado no Orçamento.

A previsão para o primeiro semestre é que os técnicos façam duas paradas na Europa: na Espanha, em março, e na França, em abril. 

Uma viagem aos Estados Unidos também está prevista para maio.

No segundo semestre do ano as viagens serão para o Oriente, com previsão de visitas à China, Arábia Saudita e a Singapura.

O Secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santana disse durante entrevista que o ano de 2023 foi voltado a ouvir investidores e melhorar os processos internos para os projetos.

Houve também um “road show” teste, em Portugal, “para entender o que funciona ou não”.

Com essa análise chegou-se a conclusão de que estas viagens devem estar associadas a uma agenda governamental. 

Essas visitas são articuladas via embaixada dos países e, normalmente, serão precedidas de encontros com autoridades públicas do país em questão.

“A gente concorre com pipeline de projetos de outros países do mundo. Então não basta ter um bom projeto, uma boa taxa, uma segurança jurídica adequada, se não tivermos a clareza de mostrar que o governo brasileiro está junto do projeto e que o país do operador também apoia esta relação”, disse Santoro.

Esse programa, Novo PAC, traz uma série de projetos avaliados em R$ 1,7 trilhão, e o desafio do governo é desenvolver estes recursos ao mesmo tempo em que tenta zerar o déficit primário. 

De acordo com dados da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB) de 2010 a 2023 a participação do público em investimentos em infraestrutura caíram bastante no país, de 43,6% a 32,7%.