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  • Segundo Haddad, mercado está 'tranquilo' com ata do Copom: 'Tinha mais rumor do que verdade'


  • A divisão de diretores do Banco Central sobre valor no corte da taxa de juros na semana passada gerou reflexos no mercado financeiro. De acordo com ministro da Fazenda, cada lado tem argumentos 'defensáveis'.

Nesta terça-feira (14), após a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a tensão no mercado financeiro se dissipou.

"Tinha mais rumor do que verdade. Está tudo tranquilo lá [no Copom]", disse o ministro, após ser questionado por jornalistas.

Na semana passada, em reunião com o Copom a diretoria do BC resolveu decidir reduzir o ritmo de corte da taxa Selic, que caiu 0,25 ponto percentual, de 10,75% para 10,50% ao ano.

A decisão foi dividida, resultando em estresse no mercado financeiro para o dia seguinte.

A bolsa caiu, o dólar e os juros futuros avançaram.

-Quatro diretores que foram indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) votaram por um corte maior nos juros, de 0,5 ponto percentual, para 10,25% ao ano, mas foram voto vencido.

-Quatro diretores mais antigos e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, formando uma maioria, optaram por uma redução menor na taxa Selic.

No entanto, terça-feira, por volta das 12h30, o dólar operava com pequena queda de 0,13%, cotado a R$ 5,134, enquanto o índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) subia 0,5%, a 128.790 pontos. 

De acordo com o ministro, a ata do Copom apresentou duas posições “técnicas, respeitáveis”.

“A ata deixou claro que os argumentos de lado a lado eram pertinentes e defensáveis”, completou o ministro da Fazenda.

Ao ser questionado por jornalistas, o ministro disse que o Banco Central deve buscar, por meio da definição do patamar da taxa básica de juros da economia, o centro das metas de inflação.

De acordo com o ministro, a banda em torno da meta central, de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, deve ser utilizada somente em exceções. “A banda existe para casos excepcionais”.