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IPCA: após reajuste anual da educação, preços apresentam alta de 0,83% em fevereiro
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O Brasil está com a inflação acumulada de 4,50% em 12 meses. Grupo de Educação obteve alta de 4,98% e impacto de 0,29 ponto percentual no índice geral.
- Por Camilla Ribeiro
- 12/03/2024 22h10 - Atualizado há 9 meses
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), inflação oficial do país, aponta uma alta dos preços de 0,83% em fevereiro.
Esses dados foram divulgados nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O principal ponto para esse resultado foram os ajustes anuais do grupo de Educação (4,98%). O resultado do mês representa uma aceleração contra o mês anterior, visto que o IPCA fechou janeiro com alta de 0,42%. E em fevereiro de 2023, apresentou alta de 0, 84%.
Esses fatores proporcionaram ao país uma inflação acumulada de 4,50% em 12 meses. Esse resultado veio acima das expectativas do mercado financeiro, que calculavam aumento de 0,78% dos preços em janeiro. No acumulado, era esperada uma alta de 4,42%.
Além de Educação (0,29 ponto percentual), o grupo de Alimentação e bebidas teve peso relevante na alta do mês, com 0,20 p.p. de contribuição no índice geral.
Resultado dos grupos do IPCA:
-Alimentação e bebidas: 0,95%;
-Habitação: 0,27%;
- Artigos de residência: -0,07%;
-Vestuário: -0,44%;
-Transportes: 0,72%;
-Saúde e cuidados pessoais: 0,65%;
- Despesas pessoais: 0,05%;
- Educação: 4,98%;
-Comunicação: 1,56%.
Reajustes escolares e alimentação em destaque
Fevereiro costuma ser sempre marcado pelos ajustes anuais na educação particular e cursos pagos. Segundo o IBGE maior contribuição, em peso no índice, veio do subgrupo cursos regulares (6,13%).
Nesta ótica, estão compiladas as altas do ensino médio (8,51%), do ensino fundamental (8,24%), da pré-escola (8,05%) e da creche (6,03%). Subiram também o curso técnico (6,14%), o ensino superior (3,81%) e a pós-graduação (2,76%).
“Esse resultado se deve aos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo”, declarou o gerente da pesquisa, André Almeida.
O grupo de Alimentação e bebidas (0,95%) também apresenta um peso considerável na inflação oficial do país.
A Alimentação no domicílio obteve nova alta forte (1,12%), influenciada pelas temperaturas mais elevadas neste início de ano e um maior volume de chuvas prejudicando a safra de produtos.
No cenário mais complexo de colheita, os preços da cebola (7,37%), da batata-inglesa (6,79%), das frutas (3,74%), do arroz (3,69%) apresentaram alta.
O leite longa vida também se destacou com (3,49%). Porém, foi registrada uma desaceleração no subgrupo Alimentação no domicílio em relação ao mês anterior, quando havia subido 1,81%.
"Historicamente, nos meses de verão, os preços dos alimentos sobem, principalmente por conta do clima que afeta a produção dos alimentos mais sensiveis às variações de temperatura e chuvas. No final do ano passado e início do ano, o efeito foi intensificado pelo El Niño", disse André Almeida, do IBGE.