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Gabriel Galípolo é aprovado pelo Senado para a presidência do Banco Central
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A indicação do economista já havia sido chancelada, de forma unânime, pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado
- Por Camilla Ribeiro
- 08/10/2024 21h02 - Atualizado há 2 meses
Nesta terça-feira (8), o plenário do Senado aprovou a indicação do economista Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central (BC). Agora a decisão será comunicada à presidência da República.
Galípolo recebeu 66 votos favoráveis, cinco contrários e nenhuma abstenção.A indicação do economista já havia sido aprovada, de forma unânime, pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez a indicação de Galípolo para assumir a presidência do BC no lugar de Roberto Campos Neto, que terá o mandato finalizado em 31 de dezembro deste ano.
A sabatina na CAE
Galípolo teve o nome aprovado por unanimidade durante sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, sob relatoria de Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo na Casa.
A duração da sessão foi de quase 4 horas, com 26 votos favoráveis e nenhum contrário.
Indicado de Lula, Galípolo disse que, nas conversas que teve com o chefe do Executivo, teve a garantia de “liberdade na tomada de decisões” e a orientação de ter como compromisso os interesses da população brasileira.
Ele negou ter sofrido “qualquer tipo de pressão” no cargo por parte de Lula.
“Eu jamais sofri, seria muito leviano da minha parte dizer que o presidente Lula fez qualquer tipo de pressão em cima de mim sobre qualquer tipo de decisão”, disse.
Quem é Gabriel Galípolo
Atualmente, diretor de política monetária do Banco Central, no meio do ano passado, o economista era secretário-executivo no Ministério da Fazenda, considerado o “número 2” da pasta.
Com 42 anos, Gabriel Muricca Galípolo, natural de São Paulo (SP), é formado em Ciências Econômicas, mestre em Economia Política pela Pontífica Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e pós-graduado em política econômica também pela PUC-SP.
Galípolo iniciou no setor público em 2007, no governo de José Serra (PSDB), onde trabalhou na Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo.
No setor privado, Galípolo ganhou destaque no comando do Banco Fator, entre 2017 e 2021. Mesmo ano que se aproximou do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante uma live com integrantes do mercado financeiro.
Galípolo já escreveu vários livros junto a Luiz Gonzaga Beluzzo, um dos economistas mais afinados ao PT e professor, como “Dinheiro: o Poder da Abstração Real”, “A Escassez na Abundância Capitalista” e “Manda Quem Pode, Obedece Quem tem Prejuízo”.