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PIB do Brasil apresenta crescimento de 0,1% no 3° trimestre de 2023, diz IBGE
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A economia brasileira passa por uma desaceleração, já que o resultado vem depois de uma alta de 1% no segundo trimestre deste ano.
- Por Camilla Ribeiro
- 05/12/2023 21h44 - Atualizado há 1 ano
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil apresentou um crescimento de 0,1% no 3º trimestre de 2023 em comparação com os três meses imediatamente anteriores, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A economia brasileira está em um processo de desaceleração, já que esse saldo aparece depois de a atividade crescer 1% no segundo trimestre deste ano.
Quando comparado aos mesmos três meses de 2022, o PIB brasileiro apresentou uma alta de 2%.
Este já é o terceiro resultado positivo consecutivo do indicador em bases trimestrais, o IBGE revisou os números do 4º trimestre de 2022 para uma queda de 0,1%.
Quando observada a janela anual, a alta acumulada em quatro trimestres é de 3,1%. E, no acumulado dos nove meses de 2023, o ganho foi de 3,2% contra o mesmo período do ano passado.
A agropecuária é o rande destaque do primeiro semestre, teve recuo de 3,3% entre julho e setembro por conta da saída da colheita da base de comparação.
Em comparação com o mesmo trimestre do ano passado, contudo, acumula alta de 8,8%.
O segmento de serviços que é o setor mais importante da economia brasileira, voltou a subir 0,6% no trimestre.
A alta em relação ao mesmo período de 2022 é de 1,8%.
O PIB totalizou R$ 2,741 trilhões em valores correntes. Foram R$ 2,387 trilhões vindos de Valor Adicionado (VA) a preços básicos, e outros R$ 353,8 bilhões de Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
Principais destaques do PIB no 3º trimestre:
-Serviços: 0,6%
-Indústria: 0,6%
-Agropecuária: -3,3%
-Consumo das famílias: 1,1%
-Consumo do governo: 0,5%
-Investimentos: -2,5%
-Exportações: 3%
-Importação: -2,1%
Revisão de resultados
O IBGE costuma realizar, no terceiro trimestre, revisões de resultados anteriores do PIB do país.
Foram analisados os números de todos os trimestres do ano de 2022, além dos dois primeiros trimestres de 2023.
O principal destaque foi uma queda menor da Agropecuária em 2022. O recuo passou de 1,7% para 1,1%.
A mudança de base também altera os resultados em 2023, já que a base de comparação muda.
Dessa forma, o setor passou de um crescimento de 18,8% para 22,9% no primeiro trimestre, e de 17% para 20,9% no segundo.
Agro e Serviços continuam fortes
O terceiro trimestre do ano de 2023 está marcado por uma desaceleração mais clara da economia, que vinha de dois trimestres crescendo na casa de 1%.
O resultado com maior destaque é o da Agropecuária, com queda de 3,3%. O resultado é influenciado pela saída da supersafra de soja do 1º semestre.
Dessa maneira, o setor puxa a economia brasileira para cima no ano, tanto que ainda há alta de 8,8% em relação ao mesmo trimestre de 2022, apoiadas por culturas de milho (19,5%), cana (13,1%), algodão (12,5%) e café (6,9%).
No acumulado do ano, o agro apresenta um crescimento de 18,1%, líder absoluto entre os setores.
Os serviços também continuaram com a trajetória de crescimento, com alta de 0,6% em relação ao trimestre anterior.
O IBGE aponta que seis das sete atividades analisadas registraram crescimento neste trimestre.
Os maiores aumentos percentuais vieram das atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,3%) e as imobiliárias (1,3%). Destaque também para Informação e comunicação (1%).
Outras atividades de serviços também subiram (0,5%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,4%) e comércio (0,3%).
Quem apresentou queda foi o setor de transporte, armazenagem e correio (-0,9%), atividade ligada ao transporte de passageiros, mas também aos fretes da Agropecuária.
Com relação ao mesmo período do ano passado, a alta foi de 1,8%. Os destaques são a Intermediação financeira e seguros (7%) e Atividades imobiliárias (3,6%).
Os serviços totais chegam ao maior patamar da série histórica e 8% acima do pré-pandemia.
A Indústria apresentou alta de 0,6% no trimestre e de 1% contra o mesmo trimestre do ano passado.
O destaque vai para a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, que cresceu 3,6% no período e de 7,3% versus o terceiro trimestre do ano passado.
No entanto, a Construção foi destaque de queda, com recuo de 3,8% e de 4,5%, respectivamente.