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  • Segundo Haddad, reforma tributária não deve alterar a Zona Franca.


  • Nesta quarta após sequências de reuniões com governadores Haddad tenta ganhar apoio ao texto.

Fernando Haddad, ministro da fazenda, relatou nessa quarta-feira (5) que há chances de o governo apresentar uma redação "alternativa ou conciliatória" para que os privilégios da Zona Franca de Manaus continuem na reforma tributária.

"Recebemos, vamos nos debruçar sobre as propostas [do Amazonas], eventualmente oferecer uma redação alternativa ou conciliatória, sempre no desejo de construir a segurança necessária para que a região saiba que, da parte do governo federal, ela tem um futuro promissor", disse Haddad.

A fala foi após um encontro com o governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil).


Lima diz apoiar a reforma, porém para compensar os prejuízos do estado pediu a criação de um fundo específico.

De acordo com Lima, esse fundo já está sendo planejado e “desenhado” pelo Ministério da Fazenda.

"Viemos apresentar aqui algumas propostas, como, por exemplo, a questão do fundo que possa fazer essa compensação para o estado possa continuar fazendo os seus investimentos em áreas essenciais, como saúde, educação e social", falou.

Outro praticamente do encontro foi o senador Eduardo Braga (MDB-AM). Segundo ele, o governo possui dois artigos, que contém a criação do fundo para os prejuízos e com a manutenção da Zona Franca até 2073.

"É importante destacar que os Amazonas é o estado que mais perderá na reforma tributária. Portanto, não podemos ser tratados como os outros estados", destacou o senador.


Braga diz sem muitos detalhes da dimensão do fundo, que os recursos viriam da arrecadado de impostos federais no estado.

Em 2022, a arrecadação foi de R$ 20 bilhões, dos quais R$ 15 bilhões foram repassados para o governo federal.