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  • Bolsonaro Diz Que 'Não Está Morto' E Vai Recorrer


  • Bolsonaro afirma ter levado uma facada nas costas com a inelegibilidade decretada pelos ministros do TSE

Após a formação da maioria no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que resultou na condenação e inelegibilidade de Jair Bolsonaro, o ex-presidente reagiu afirmando que não está politicamente derrotado e que pretende recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).

"Tentaram me matar aqui em Juiz de Fora há pouco tempo, levei uma facada na barriga. Hoje levei uma facada nas costas com a inelegibilidade por abuso de poder politico", disse o ex-presidente.

Durante uma coletiva de imprensa em Belo Horizonte, Bolsonaro destacou que acredita ser a primeira condenação por abuso de poder político, enfatizando que não há corrupção envolvida no caso.

Ele também criticou o TSE, afirmando que a instituição agiu contra suas propostas e ressaltou que, durante seu mandato, sempre respeitou a Constituição, mesmo que às vezes contrariado.

Quando questionado sobre a possibilidade de entrar com recurso, Bolsonaro declarou que irá discutir o assunto com seus advogados antes de tomar uma decisão. De forma irônica, ele mencionou que seu recurso seria direcionado ao Supremo Tribunal Federal.

Com a condenação no TSE, Jair Bolsonaro foi considerado inelegível por oito anos, o que o impedirá de concorrer nas eleições até 2030.

Derrota No TSE

Recursos ao TSE e STF; entenda próximos passos após inelegibilidade de Bolsonaro — Imagem: Reprodução

Durante suas críticas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Jair Bolsonaro mencionou alguns episódios em que considerou ter sofrido derrotas. Ele argumentou que a atuação do tribunal foi problemática durante as eleições.

O ex-presidente expressou sua insatisfação ao mencionar que foi proibido de fazer transmissões ao vivo, inclusive de sua residência oficial, o Palácio da Alvorada. Segundo o entendimento de um dos ministros, Bolsonaro estaria utilizando recursos públicos para fins eleitorais.

Ele também apontou que o TSE o impediu de exibir imagens de seu adversário, Luiz Inácio Lula da Silva, defendendo o aborto. 

Embora a decisão não tenha julgado o mérito, foi considerada irregularidade na publicação do vídeo impulsionado, uma vez que a legislação proíbe a promoção de conteúdos negativos contra adversários.

Outro exemplo mencionado por Bolsonaro foi quando o TSE o proibiu de mostrar uma imagem de Lula em uma comunidade conhecida como CPX, pois houve associação incorreta da sigla a uma facção criminosa. A sigla CPX, na verdade, se refere a "Complexo", uma referência a um conjunto de favelas.

Por fim, Bolsonaro citou a proibição de mostrar uma imagem de Lula dizendo que poderia roubar um celular e tomar uma cerveja. Nesse caso, o tribunal considerou que se tratava de uma montagem, com frases retiradas de contextos distintos e momentos diversos.