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  • Tudo sobre o ataque de Alexandre de Moraes em Roma e filho agredido


  • Foi acionada a Polícia Federal que já identificou e iniciou as investigações dos suspeitos.

Ocorreu nesta sexta-feira (14), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi vítima de xingamentos feitos por um grupo de pessoas brasileiras no aeroporto de Roma, segundo fontes da Polícia Federal.

Começou por volta das 18h45 no horário local, e um dos supostos agressores teria agredido o filho de Moraes, segundo a PF.

O ministro e sua família estavam no aeroporto, Moraes retornava da Universidade de Siena, onde ministrou uma palestra no Fórum Internacional de Direito.

Uma mulher chamou o ministro de “bandido, comunista e comprado”. Outro ajudou a impulsionar os insultos, chegando a agredir fisicamente o filho de Moraes.

Um terceiro membro juntou-se aos outros dois, dizendo palavras calão, de acordo com a PF.

Os integrante foram identificados pela PF, porém não foram detidos. Eles vão ser investigados por crimes contra honra e ameaça.

O STF já informou que não prestará parecer sobre o ocorrido.

Solidariedade 

Algumas autoridades utilizaram as redes sócias para demonstrar solidariedade a Alexandre de Moraes, e sua família.

Arthur Lira, presidente da câmera 

“Minha solidariedade ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, e sua família agredida no aeroporto de Roma. É inaceitável que se use o argumento de liberdade de expressão para agredir, ofender e desrespeitar autoridades constituídas. Isso não pode continuar”, escreveu.

“Democracia se faz com debate e não violência”, completou.

Gilmar Mendes, ministro do STF

“Minha solidariedade ao Ministro Alexandre de Moraes e sua família. A truculência violenta de extremistas jamais poderá ser aceita como forma legítima de manifestação política. Debate público se faz com ideias e argumentos”, publicou.

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado

“Atos de hostilidade como os que sofreram o ministro Alexandre de Moraes e sua família, ontem, são inaceitáveis. A eles, minha solidariedade”.

“Mais do que criminoso e aviltante às pessoas, às instituições e à democracia, esse tipo de comportamento mina o caminho que se visa construir de um país de progresso, civilizado e pacífico”, prosseguiu.

“Todos os lados precisam colaborar para que o antagonismo fique no campo das ideias e das ações legítimas. Se a Nação, ainda dividida, não é capaz de substituir o ódio pelo amor, que o faça ao menos pelo respeito”, encerrou.

Jorge Messias, advogado-geral da União 

“Minha total solidariedade ao Ministro. Ataques dessa natureza são inconcebíveis na democracia. Herança de um tempo em que o Brasil adoeceu. Que os autores dessa barbárie sejam rapidamente submetidos à justiça para que eventos como esse jamais se repitam!”, escreveu.

Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe)

A Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE) e as associações regionais da magistratura federal abaixo subscritas (AJUFESC, AJUFESP, AJUFERJES, APAJUFE, AJUFERGS, AJUFBA, AJUFER e AJUFEMS) vêm a público manifestar profundo repúdio ao ataque sofrido pelo Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal e Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, e seus familiares, em Roma, onde participava de evento científico.

Da mesma forma como já feito em relação aos anteriores ataques injustificáveis e inaceitáveis aos Ministros e Ministras do Supremo Tribunal Federal, assim como à própria sede da Corte, mais uma vez as associações representativas da magistratura federal aguardam a efetiva e exemplar responsabilização dos autores do referido ataque, de acordo com as normas pertinentes ao caso.

É preciso que se respeite a independência do Poder Judiciário, princípio fundamental de nossa Constituição, em especial da nossa Suprema Corte e do TSE, devendo os seus Ministros receber o tratamento digno e respeitoso derivado do exercício de tão relevantes funções.

A magistratura federal compreende que a repetição de tais atitudes em nada contribui para a manutenção da efetiva democracia em nosso País ou para a construção de uma sociedade mais justa, plural e solidária.

(Publicado por Marina Toledo)

Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União 

“Importunar, assediar, agredir verbal ou fisicamente um servidor público em razão do trabalho que realiza é intolerável. Lamentavelmente a legislação brasileira ainda não pune com o rigor necessário os selvagens que praticam esse tipo de crime. Minha solidariedade a Alexandre”, declarou.