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  • Presidente da França e Lula conversam por telefone sobre mudanças na política de checagem da Meta


  • De acordo com o Planalto, os presidentes entendem que 'liberdade de expressão não significa liberdade de espalhar mentiras' AGU notificou Meta, que terá 72 horas para informar quais mudanças promoverá no Brasil.

Nesta sexta-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone com o presidente da França, Emmanuel Macron, sobre o anúncio da empresa Meta, que resolveu promoveu uma mudança na sua política de moderação de conteúdo nas plataformas.

De acordo com uma nota divulgada pelo Palácio do Planalto, os dois chefes de Estado "concordaram que liberdade de expressão não significa liberdade de espalhar mentiras, preconceitos e ofensas".

Segundo a nota, Lula e Macron aprovam que Brasil e Europa mantenham o trabalho conjunto para tentar "impedir que a disseminação de “fake news” coloque em risco a soberania dos países, a democracia e os direitos fundamentais de seus cidadãos".

A Advocacia-Geral da União notificou a Meta, nesta sexta-feira (10), dona do Instagram e do Facebook, com o objetivo de ser esclarecido o que mudará na política de moderação no Brasil. A empresa terá 72 horas para responder.

Na última terça-feira (7), a Meta anunciou que está encerrando o seu programa de verificação de fatos, começando pelos Estados Unidos.

A empresa irá adotar as "notas de comunidade", em que os próprios usuários fazem correções, um recurso similar ao implementado pelo X, de Elon Musk.

As principais mudanças que foram anunciadas pela Meta são:

- a Meta não terá os parceiros de verificação de fatos ("fact checking", em inglês) que ajudam na moderação de postagens, além da equipe interna dedicada a essa função;

- no Instagram e do Facebook, os filtros de verificação passarão a focar em combater violações legais e de alta gravidade.

- em casos de menor gravidade, as plataformas dependerão de denúncias feitas por usuários, antes de qualquer ação ser tomada pela empresa;

- em conteúdos considerados como de "menor gravidade", os próprios usuários poderão adicionar correções aos posts, como complemento ao conteúdo, de forma semelhante às "notas da comunidade" do X;

- Instagram e Facebook voltarão a recomendar mais conteúdo de política;

- a equipe de "confiança, segurança e moderação de conteúdo" deixará a Califórnia, e a de revisão dos conteúdos postados nos EUA será centralizada no Texas (EUA).