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  • Redução das empresas beneficiadas pelo Perse e teto de R$ 15 bilhões recebe a aprovação do Senado


  • O Perse terá duração até dezembro de 2026 ou então até serem gastos os R$ 15 bilhões destinados à medida. Texto segue para sanção do presidente Lula.

Nesta terça-feira (30), o Senado aprovou um projeto que reduz a quantidade de empresas que são beneficiadas pelo Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). 

O texto não passou por alterações em relação ao que foi votado pelos deputados e agora  seguirá para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A intenção do governo era por um ponto final no projeto, no entanto, teve que negociar com o Congresso, que defendia sua continuidade.

Atualmente o número de setores contemplados, de 44, cairá para 30, segundo o projeto.

Entre os setores que ficam de fora estão:

-albergues, exceto assistenciais;

-campings;

-pensões (alojamento);

-produtora de filmes para publicidade;

-serviço de transporte de passageiros - locação de automóveis com motorista; e

-organização de excursões em veículos rodoviários próprios, intermunicipal, interestadual e internacional.

O programa foi criado em 2021, durante a pandemia de Covid-19, para ajudar profissionais que trabalham com eventos, por meio de isenção fiscal.

O Perse zera a alíquota de quatro tributos, inclusive do Imposto de Renda, de empresas do setor como, por exemplo, hotéis, bares, bufês, agências de viagem e de produções musicais.

Em acordo entre a equipe econômica e líderes da Câmara, foi possível estipular um limite de gasto de R$ 15 bilhões com as isenções fiscais até 2026.

O programa terá sua duração limitada de duas formas: ao atingir o valor de R$ 15 bilhões ou ao chegar em dezembro de 2026.

Daniella Ribeiro (PSD-PB),  relatora no Senado, tentou mudar o texto para que esse valor do teto fosse corrigido pela inflação nos próximos dois anos.

No entanto, como o impacto seria de cerca de R$ 2 bilhões a mais, o governo negociou para retirar a sugestão.

Restrições do governo

A equipe econômica, defendendo os interesses do governo, vinha querendo encerrar o Perse.

Na tentativa de fechar o rombo das contas públicas, o Ministério da Fazenda contava com os impostos desses setores para melhorar as receitas.

O Congresso não aceitou acabar com o programa. Durante as negociações, o governo propôs a redução dos setores beneficiados de 44 para 12.

Ao final das negociações, o número ficou em 30.