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  • Programa espião: PF descobre na Abin esquema para invasão em massa de computadores


  • A Polícia Federal prendeu na sexta-feira (20) dois servidores da agência por suspeita de rastreamento de celulares e, no material apreendido na mesma operação, encontrou um tipo de 'arapongagem', por meio de programas invasivos.

As apreensões realizadas durante a operação com o objetivo de apurar a conduta de servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), em suposto rastreamento de celulares estão revelando um outro esquema clandestino de espionagem.

Foi encontrado pelos investigadores encontraram no material recolhido, e sob investigação, outros dispositivos invasivos que estavam sendo utilizados para invasão em massa de computadores.

Essa ferramenta de invasão por meio de um malware (software que causa danos) acessa todo o conteúdo dos computadores, segundo fontes. 

A implantação clandestina pode ocorrer via disparo de um e-mail, por uma mensagem de texto, por WhatsApp web e também por acesso físico ao computador (pen drive), alvo de espionagem.

A vítima que foi infectada não percebe que ocorreu a invasão. E imediatamente todo conteúdo do computador passa a ser acessado pelos espiões.

Os investigadores agora procuram descobrir melhor quantos computadores foram infectados e espionados. E quem foram os alvos.

Essas informações seguem sob sigilo para não atrapalhar os desdobramentos das apurações sobre estes sistemas ilegais de espionagem criados por servidores e ex-servidores da Abin.

A Polícia Federal trouxe à tona, semana passada, um possível esquema criminoso de rastreamento de celulares conduzidos pela Abin.

Foram feitos mais de 33 mil acessos sobre a localização de aparelhos de ministros do STF, auxiliares, funcionários da corte, servidores públicos, jornalistas, políticos e policiais, dentro outros. 

A PF realizou na operação 25 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Goiás e no Distrito Federal. 

A agência disse que colaborou com a Polícia Federal e que a operação é retaliação.

A empresa que forneceu este sistema foi alvo de busca e apreensão. No entanto, segundo fontes, a nova descoberta, que envolve esquemas de invasão de computadores, não é da mesma empresa que vende o rastreamento de geolocalização de aparelhos de telefone.

Essa descoberta levará a PF a ir atrás também da ponta fornecedora das ferramentas de intrusão de computadores.