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  • Um novo corte de 0,5 ponto percentual nos juros pelo BC é incerto, mesmo com a inflação abaixo do previsto


  • Ainda existe incerteza sobre o corte de juros pelo Banco Central. Analistas estão avaliando o cenário econômico.

O Banco Central ainda está inseguro no mercado sobre a próxima reunião do Comitê de Política Monetária, marcada para os dias 7 e 8 de maio.

Essa reunião acontecerá para decidir sobre o corte de juros, apesar de o IPCA-15, índice que mede a inflação, de abril registrou um número abaixo das previsões.

Analistas encontram-se divididos sobre se o BC vai manter os cortes de 0,50 ponto percentual ou se vai reduzir para 0,25 ponto percentual.

Em abril o IPVA ficou em 0, 21/%, 0,15 ponto percentual abaixo do registrado no mês passado, quando ficou em 0,36%.

Para obter um melhor resultado deveria ser um indicativo de que o Banco Central poderia manter o seu plano de voo original, comunicado na última reunião do Copom, de mais um corte na taxa Selic de 0,50 ponto percentual. Atualmente a taxa é de 10,75% ao ano.

Para o economista André Perfeito o resultado foi melhor do que as projeções de mercado, que apontavam para 0,30%.

Porém continua com a previsão de que o ciclo de redução da taxa de juros terminará com a taxa em 9,75%.

Esse cenário reforça a posição de que o Banco Central poderia fazer um corte de 0,25 ponto percentual no início de maio.

De acordo com Caio Megale, economista da XP Investimentos, o cenário “está bem dividido entre 0,25 e 0,50”. Para ele, a inflação mais baixa de abril é um ponto a favor de um corte de 0,50 ponto percentual.

Mas o especialista avalia que, por enquanto, a “balança ainda está um pouco inclinada para 0,25”.

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, apontou a possibilidade de o Copom mudar o seu ritmo caso as condições de mercado continuem piorando.

Campos Neto destacou, esta sexta-feira (26), o dado positivo do IPCA-15, que veio um pouco melhor, porém lembrou que as expectativas para a inflação em 2025 estão piorando e o Banco Central precisa entender as razões para esta piora. 

A posição do presidente é de defesa para a manutenção do atual ritmo, para que a taxa Selic termine o ano em pelo menos 9%.

No entanto, o mercado já está prevendo uma taxa de juros de 9,5%, com alguns economistas, como André Perfeito, falando em 9,75%. Desse modo, o governo Lula pode voltar a pressionar o BC nos próximos meses.