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  • CPI Dos Atos Golpistas: Relatora Afirma Que Houve Tentativa De Golpe, Mas Não Conseguiram


  • Na primeira sessão da comissão houve um acalorado bate-boca entre os congressistas da base governista e da oposição.

Durante a sessão de instalação da CPI dos Atos Golpistas, realizada nesta quinta-feira (25), a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) foi designada como relatora e fez seu primeiro pronunciamento no cargo. Em sua fala, ela afirmou que houve uma tentativa de golpe no país, mas que os radicais não conseguiram concretizá-la.

"Houve uma tentativa de golpe, mas não conseguiram golpe. Um fato é claro: todos aqui somos contra aquilo que aconteceu, independentemente de ser base ou oposição. Queremos garantir, no Brasil, a democracia cada vez mais forte e firme", declarou a senadora.

Os protestos ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro foram marcados pela invasão e depredação do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal por vândalos bolsonaristas radicais. 

O vandalismo resultou em danos a obras de arte, além da destruição de móveis e equipamentos de trabalho. Eliziane Gama informou que, na próxima reunião da CPI, apresentará uma proposta de plano de trabalho, que incluirá definições como: datas e horários das reuniões, cronograma de depoimentos e votação de requerimentos. 


A relatora destacou que o plano de trabalho será elaborado levando em consideração as opiniões da maioria dos integrantes da comissão, buscando representar os interesses tanto da maioria quanto das minorias. 

Ela ressaltou a importância do contraditório no processo democrático e afirmou que a proposta será construída de forma democrática.

A primeira sessão da CPI já deu uma amostra do clima acalorado que pode se repetir nas próximas reuniões, com discussões acaloradas entre parlamentares da base e da oposição. 

O ambiente promete ser tenso e polarizado durante os trabalhos do colegiado.

Bate-Boca Na CPI Dos Atos Golpistas


Durante a eleição da diretoria da comissão, a chapa foi eleita por aclamação, com exceção do voto contrário do senador Marcos do Val. Ele discordou da escolha de Eliziane Gama como relatora, alegando sua amizade com o ministro Flávio Dino.

Omar Aziz defendeu Eliziane e mencionou o plano de golpe articulado por Marcos do Val contra o ministro Alexandre de Moraes. Houve um confronto acalorado entre os parlamentares, com troca de acusações.

Durante o tumultuado bate-boca, Marcos do Val foi acusado de ter discursos contraditórios e foi chamado de "ter mais versões do que ternos". Em meio às trocas de acusações, foi sugerido que ele deixasse a sala com seu pen drive, enquanto o senador era lembrado de estar sendo investigado por falso testemunho.