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  • Haddad afirma que na próxima semana encaminhará ao Congresso novas propostas visando o déficit zero


  • Ministro discutiu em reunião da manhã com jornalistas nesta sexta-feira (22)

Com o objetivo de garantir a receita para o ano seguinte e cumprir a meta de eliminar o o saldo negativo fiscal em 2024, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que apresentará um conjunto de propostas econômicas ao Congresso Nacional na terça-feira.

“Não são tantas e são muito razoáveis, já foram objeto de discussão na Câmara e no Senado. São evidentes os problemas enfrentados por essas medidas”, disse o ministro em café da manhã com jornalistas nesta sexta-feira (22).

“Tem conta feita pela Receita Federal que vai dar segurança para os parlamentares julgarem. Temos segurança de que vai ser coisa boa para o país”, completou

Uma das principais ações consiste na substituição da desoneração da folha de pagamento para 17 setores.

Haddad afirmou anteriormente que o governo pretende levar a questão aos tribunais, mas também planeja submeter uma proposta ao parlamento para cobrir o rombo de cerca de R$ 20 bilhões.

“Vamos combinar que esse negócio da desoneração foi prorrogado um milhão de vezes, não era para ser assim. Depois que você coloca o jabuti na árvore, é difícil tirar. Vamos compensar a desoneração da folha.”

“A desoneração tem medidas compensatórias dos 17 setores. Em relação aos municípios, não há dúvida de que é inconstitucional. Da maneira como a lei foi aprovada, não vai resolver o problema. Vamos resolver por mesa de negociação”, disse.

Haddad ainda destacou que vai aguardará a publicação das medidas aprovadas no Congresso até esta quinta-feira (21) para atender às necessidades para chegar ao déficit zero.

“Tenho que seguir um protocolo, não posso adiantar. Até porque vão dizer: o Haddad aprovou tudo, vai encaminhar de novo? Não se trata disso. Desde o começo do ano falei que não íamos criar impostos novos, aumentar alíquotas. Estamos seguindo a Constituição, que diz que não podemos abrir mão de receitas previdenciárias, vale pra todo mundo, pra quem paga e pra quem contribui”, apontou.