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  • Caso Marielle: Anielle declara confiança na justiça após PF cumprir mandados


  • Anielle, irmã da ex-vereadora que foi assassinada em 2018, ministra de Igualdade Racial conversou por telefone com Flávio Dino (Justiça) e Andrei Rodrigues (PF). Durante operação foi preso o bombeiro condenado em 2021 por atrapalhar investigações.

Anielle Franco, ministra de Igualdade Racial, declarou nesta segunda-feira (24) estar muito confiante na investigação acerca dos supostos mandantes do assassinato da sua irmã, a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) em 2018, no Rio. 

A Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro realizaram a prisão, nesta segunda, do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel (veja perfil abaixo).

Essa foi a primeira fase realizada de uma operação deflagrada a partir da investigação federal sobre o caso em questão.

"Falei agora por telefone com o ministro Flávio Dino e diretor geral da Polícia Federal sobre as novidades do caso Marielle e Anderson. Reafirmo minha confiança na condução da investigação pela PF e repito a pergunta que faço há 5 anos: quem mandou matar Marielle e por quê?", escreveu Anielle.

De acordo com a assessoria do Ministério da Igualdade Racial, Anielle está viajando para a Colômbia na manhã desta segunda, em viagem oficial.

Por esse motivo não acompanha de perto os detalhes da operação em Brasília.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues,  deram entrevista sobre o caso ainda pela manhã, às 9h. 

Ex-bombeiro é preso

O ex-bombeiro Suel que foi condenado em 2021 a quatro anos de prisão por atrapalhar as investigações cumpria a pena em regime aberto. 

Suel havia sido preso em junho de 2020 na Operação Submersos II.


Segundo o MPRJ, Maxwell era dono do carro que foi usado para esconder as armas em um apartamento de Ronnie Lessa, acusado de ser um dos autores do crime.

Além disso, ele também teria ajudado a jogar o armamento no mar.

Suel foi preso em casa, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, e seria levado para a sede da PF, na Zona Portuária.

Foi realizada uma revista no imóvel, acompanhada por Suel,  feita por equipes do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPRJ. 

Fábio Corrêa, coordenador do grupo especializado, acompanhou a ação. Foram cumpridos também sete mandados de busca e apreensão no Grande Rio. 

Um dos alvos da operação é irmão de Ronnie Lessa e será ouvido na sede da PF.

Essa operação da Polícia Federal recebeu o nome de Élpis, faz referência à deusa grega da esperança.