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  • Encerrada a votação do novo arcabouço fiscal: texto segue para o Senado


  • Projeto que irá substituir o teto de gasto foi votado pela Câmara. Crescimento dos gastos respeitará o teto de 2,5%.

Foi aprovado pela Câmara dos Deputados na última quarta-feira (24) o projeto que irá instituir o novo arcabouço fiscal. Texto segue para o Senado.

Na última terça-feira (23) o texto - base do projeto que foi aprovado com 372 votos a favor, 108 contra e 1 abstenção.

Na última quarta-feira (24) deputados fizeram análises dos destaques, sugestões de alteração.

O arcabouço foi elaborado para substituir o teto de gastos. Essa nova regra fiscal é mais flexível que o antigo teto em que o crescimento do governo ficava limitado a inflação do ano anterior.

O arcabouço prende o crescimento das despesas ao crescimento das receitas.

Esse mecanismo irá favorecer ao governo que tentará aumentar o seu poder de investir sem comprometer as contas públicas.

A estrutura do arcabouço limita o crescimento dos gastos públicos em 70% com relação ao crescimento da arrecadação do governo.

Se arrecadação do governo crescer muito, os gastos públicos irão respeitar o intervalo fixo no crescimento real dos gastos, vai variar entre 0,6% e 2,5% e irá desconsiderar a inflação do período.

O que muda no parecer?

O relator, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), resolveu alterar um ponto do parecer que recebeu muitas críticas, principalmente da oposição - o que fixa o crescimento real das despesas em 2,5%.



Cláudio Cajado, relator do projeto 

O texto deixa brechas para que o governo possa ampliar as despesas, por meio de crédito suplementar.

Fundeb

Alguns deputados apontaram a preocupação com a inclusão do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) nos limites da meta.

A complementação do Governo Federal no Fundeb ficaria limitada ao cumprimento de metas. Esse mecanismo é o novo regime para diminuir os investimentos feitos pelo fundo.

Por meio desse novo regime, a partir de 2026 a educação poderá disputar verbas com outras áreas, como agricultura e saneamento básico. A medida inviabiliza investimentos em educação.