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Chiquinho Brazão fala no Conselho de Ética, diz que irá provar sua inocência e pedirá retratação a seus acusadores
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Preso em março como um dos supostos mandantes do assassinato de Marielle Franco. Conselho de Ética analisa pedido de cassação.
- Por Camilla Ribeiro
- 24/04/2024 21h15 - Atualizado há 6 meses
O deputado Chiquinho Brazão (sem partido), está preso desde março como um dos supostos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ).
Brazão discursou nesta quarta-feira (24) na sessão do Conselho de Ética da Câmara, colegiado que analisa sua possível cassação.
Em seu pronunciamento, realizado por videoconferência, Brazão disse ser inocente e irá provar.
E que espera "retratação" por parte de quem hoje o acusa pela morte da vereadora Marielle em 2018.
"O que posso falar em minha defesa é que sou inocente e que vou provar, né? E sei que não há muito o que dizer, porque, pela grande relevância desse crime, sei como a Câmara está nesse momento, está se passando, com todos os deputados que aí estão", disse Brazão.
"Mas, ao final de tudo isso, eu provando – e provarei a minha inocência –, que pudessem, aqueles que já ouvi em outros momentos, se retratar futuramente em relação à minha família. Meus filhos, meus netos, meus irmãos, todos, com certeza, estão sofrendo muito devido à opinião popular."
"E a palavra de um deputado, o alcance é muito grande. Vou me resumir a dizer para vocês que sou inocente e provarei a minha inocência. E que compreendo o momento que vocês estão passando, com uma grande mídia forçando em cima", completou.
Chiquinho Brazão estava autorizado autorizado a falar porque, na sessão desta quarta do Conselho de Ética, o colegiado teve de sortear um novo possível relator.
A tradição prevê que, em processos que pedem a cassação do mandato, três membros do Conselho de Ética devem ser sorteados e o presidente escolhe o relator a partir dessa lista.
Desde que o caso de Chiquinho Brazão começou a tramitar, sete nomes já foram sorteados. Os três primeiros recusaram: Bruno Ganem (PODE-SP); Ricardo Ayres (Republicanos-TO); e Gabriel Mota (Republicanos-RR).
Foi realizado um novo sorteio, e ficaram definidos os nomes de Jack Rocha (PT-ES), Rosângela Reis (PL-MG) e Joseildo Ramos (PT-BA).
Rosângela recusou e foi substituída na lista por Jorge Solla (PT-BA).
O presidente do Conselho de Ética, Leur Lomanto Jr (União-BA), ainda não escolheu o relator de fato.