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  • A Meta assume erro por deixar vídeo com incitações golpista no ar antes de ataques em Brasília


  • A Empresa deixou o conteúdo no ar mesmo após 7 denúncias de violação dias antes dos atos golpistas.

O Comitê de Supervisão da Meta em comunicado nesta quinta-feira (22) declarou que a empresa se responsabilizou pelo erro ao manter no ar um vídeo com incentivos a ataques golpistas dias antes da invasão do Congresso, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).

O Comitê de Supervisão  é responsável por fazer uma revisão e moderação de conteúdo das plataformas da empresa, entre elas Instagram, Facebook e WhatsApp. Apesar de ser um órgão independente é financiado pela Meta.

O comitê começou a atuar por conta de um vídeo que usava um discurso de um general para convocar ataques golpistas ao Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).

O vídeo em debate foi publicado no dia 3 de janeiro e logo foi denunciado sete vezes por incitar violência. Pessoas que trabalham como moderadoras da Meta analisaram o conteúdo e não identificaram violação das políticas da empresa, o que foi um erro.

Depois dos ataques golpistas no dia 8 de janeiro, a empresa Meta fez um anúncio que removeria conteúdos que apoiassem o evento.

O Comitê também entrou no caso e o vídeo foi removido apenas em 20 de janeiro de 2023.

“Como resultado da escolha do caso pelo Conselho, a Meta determinou que suas repetidas decisões de deixar o conteúdo no Facebook foram um erro", disse o comitê da empresa.

O conselho não detalha o vídeo, como, por exemplo, a identidade do general que fez o discurso e também o perfil que publicou o conteúdo.

O que continha no vídeo 

Em comunicado, o vídeo foi detalhado pelo Comitê. Em legenda era falado sobre ir ao Congresso Nacional como “a última alternativa”, no discurso do general, ele pedia para que as pessoas fossem às ruas, ao Congresso Nacional e o STF.

Em sequência eram exibidas imagens mostrando um incêndio na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

O texto dizia: “Venha para Brasília! Vamos invadir! Vamos sitiar os três poderes".

Uma outra legenda no vídeo dizia: “exigimos o código-fonte”, uma forma dos manifestantes questionarem o resultado das urnas eletrônicas que definiram Lula como presidente em 2022.