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  • Relator da LDO afirma que o governo solicitou mudança para autorizar o uso de verba pública para pagar passagens aéreas de ministros


  • De acordo com Danilo Forte, os gastos com viagens de ministros do governo em voos comerciais entre Brasília e seus locais de moradia devem ser pagos pelos cofres públicos.

Nesta terça-feira (21), o deputado Danilo Forte, relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) através do partido União Brasil-CE, declarou que o governo pediu uma alteração na proposta para autorizar o financiamento, por meio de recursos públicos, das passagens áreas dos ministros.

Conforme dito pelo parlamentar, a ideia sugere que os cofres públicos arquem com as viagens aéreas dos titulares da Esplanada entre Brasília e as cidades de residência.

Em geral, os ministros com atividade política estabelecem moradias nos estados onde se encontram suas bases eleitorais.

Danilo Forte diz que pedido do governo é considerado “justo” e deve acolher a demanda do Executivo.

Uma emenda com esse propósito já foi proposta pelo líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP).

"Acho que é justo. Não é imoral, não é ilegal", disse Danilo Forte, durante entrevista nesta terça-feira.

Hoje em dia, os ministros podem pedir voos da Força Aérea Brasileira (FAB) em condição de deslocamento em atividade oficial.

Por vezes, ministros marcam compromissos em que residem, nos fins de semana.

"[Pagar do Orçamento] É melhor do que ele estar burlando a lei, inventando evento no estado para poder ir no avião da FAB. Avião da FAB sai muito mais caro", declara Forte.

Perguntado se os ministros não poderiam arcar com as essas despesas do próprio bolso, o deputado afirmou que "do salário deles [ministros], é bem complicado".

"Porque o salário já é muito pouco, ministro não ganha menos que deputado? Não sei", disse.

Ministros de governo recebem R$ 41,6 mil reais mensais. 

Já em 2024, terá um aumento nesse valor para R$ 44 mil, de acordo com dados do governo.