Lula foi ovacionado 7 vezes pelo seu discurso na ONU

Nova York, 19 de setembro de 2023 (terça-feira), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi aplaudido em sete ocasiões no decorrer do seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).

Marcando seu retorno após 14 anos. Por conta de uma tradição, Lula abriu o evento de chefes de Estado, ministros, diplomatas e parlamentares e outros integrantes das delegações do países.

A plateia da reunião respondeu calorosamente do começou ao fim o discurso do petista, que retratou temas como a “indignação com a fome, a pobreza,  a guerra, o desrespeito ao ser humano” e convocou a cooperação global para combater os contrastes sociais.

Em sua fala, o presidente brasileiro abordou questões decisivas mundialmente, entre elas a preservação do meio ambiente e o combate à desigualdade. Temas esses que vem sendo tratados em outros eventos.

Suas palavras em relação a diminuição do desmatamento na Amazônia foram motivos de aplausos, assim como sua crítica ao embargo financeiro de décadas dos Estados Unidos a Cuba.

Confira os trechos do discurso do presidente Lula que receberam aplausos na Assembleia Geral das Nações Unidas:

‘Brasil de volta’

"Nossa missão é unir o Brasil e reconstruir um país soberano, justo, sustentável, solidário, generoso e alegre. O Brasil está se reencontrando consigo mesmo, com nossa região, com o mundo e com o multilateralismo. Como não me canso de repetir, o Brasil está de volta".

Desigualdades

"Reduzir as desigualdades dentro dos países requer incluir os pobres nos orçamentos nacionais e fazer os ricos pagarem impostos proporcionais ao seu patrimônio. No Brasil, estamos comprometidos a implementar todos os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, de maneira integrada e indivisível. Queremos alcançar a igualdade racial na sociedade brasileira por meio de um décimo oitavo objetivo que adotaremos voluntariamente".

Igualdade salarial entre homens e mulheres 

"Inspirados na brasileira Bertha Lutz, pioneira na defesa da igualdade de gênero na Carta da ONU, aprovamos a lei que torna obrigatória a igualdade salarial entre mulheres e homens no exercício da mesma função".

Desmatamento 

"Retomamos uma robusta e renovada agenda amazônica, com ações de fiscalização e combate a crimes ambientais. Ao longo dos últimos oito meses, o desmatamento na Amazônia brasileira já foi reduzido em 48%".

Aventureiros de extrema-direita 

"Em meio aos seus escombros surgem aventureiros de extrema-direita que negam a política e vendem soluções tão fáceis quanto equivocadas. Muitos sucumbiram à tentação de substituir um neoliberalismo falido por um nacionalismo primitivo, conservador e autoritário".

Liberdade de imprensa 

"É fundamental preservar a liberdade de imprensa. Um jornalista, como Julian Assange [condenado por divulgar documentos confidenciais dos Estados Unidos], não pode ser punido por informar a sociedade de maneira transparente e legítima".

Embargo a Cuba

"O Brasil seguirá denunciando medidas tomadas sem amparo na Carta da ONU, como o embargo econômico e financeiro imposto a Cuba e a tentativa de classificar esse país como Estado patrocinador de terrorismo".