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Ibovespa bate recorde histórico de pontuação e fecha alcançando 135 mil pontos
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O dólar fechou em queda de 1,03%, cotado em R$ 5,4114 — menor nível desde junho.
- Por Camilla Ribeiro
- 19/08/2024 22h14 - Atualizado há 4 meses
Nesta segunda-feira (19), o Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores, fechou em alta, e bateu seu recorde de pontos no fechamento do pregão: 135.778 pontos.
Também foi atingido pelo índice a máxima de pontuação que ocorre ainda durante o pregão, quando atingiu os 136.179 pontos. Dessa maneira, a bolsa zerou as perdas que tinha acumulado no ano e agora registra alta de 1,19%.
O início da semana se deu com os agentes do mercado financeiro de olho nos Estados Unidos.
Na próxima quarta-feira, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) divulgará a ata de sua última reunião, que poderá fornecer pistas sobre a trajetória que as taxas de juros do país podem seguir nos próximos meses.
Os investidores também estarão atentos ao discurso do presidente da instituição que ocorrerá na sexta-feira, Jerome Powell, no Simpósio de Política Econômica de Jackson Hole.
Durante o simpósio, ele deve compartilhar uma visão detalhada que o Fed tem sobre a situação da economia dos EUA, que também influencia na decisão de juros prevista para setembro.
O BC americano tem dado pistas que deve começar a baixar os juros do país na próxima reunião.
Essa possível queda dos juros favorece as empresas e melhora as cotações na bolsa de valores.
O mercado está aguardando os novos dados para da economia americana, o momento é de otimismo e o dólar vive um dia de desvalorização no mundo inteiro.
A moeda americana, no Brasil, fechou em queda, aos R$ 5,41, este é menor nível desde 24 de junho (R$ 5,3909).
A fala de Gabriel Galípolo, diretor do Banco Central do Brasil e nome mais cotado para a presidência da instituição, repercutiu bem no mercado financeiro, ele reforça o compromisso da diretoria em trazer a inflação brasileira para a meta.
O dólar
A moeda fechou em queda de 1,03%, cotado a R$ 5,4114. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,3769.
Com esse resultado, acumulou:
-queda de 1,03% na semana;
-recuo de 4,29% no mês;
-alta de 11,52% no ano.
Na última sexta-feira (16), a moeda americana apresentou queda de 0,28%, cotada em R$ 5,4678.
O Ibovespa
O Ibovespa apresentou alta de 1,36%, aos 135.778 pontos. Na máxima, alcançou os 136.179 pontos.
Com esse resultado, o índice acumulou:
-alta de 1,36% na semana;
-avanço de 6,37% no mês;
-perdas de 1,19% no ano.
Na sexta, o índice fechou em baixa de 0,15%, aos 133.953 pontos.
O que está alterando os mercados?
O Ibovespa interrompeu uma sequência de oito altas consecutivas na última sexta-feira. Quando o índice acumula dias de ganhos, os investidores vendem parte de suas ações para embolsar os lucros, esse movimento é chamado pelo mercado de "realização de lucros".
Apesar da pequena queda na sexta-feira por conta das vendas, o Ibovespa se manteve próximo de sua pontuação recorde.
O mesmo cenário ocorre nas bolsas dos Estados Unidos, que registraram o melhor desempenho do ano.
Quando ocorre uma queda nos juros dos EUA provoca a redução dos rendimentos dos títulos do Tesouro americano também e força os investidores a tomarem mais risco para terem rentabilidades melhores. O que beneficia o mercado de ações como um todo.
Aqui no Brasil, o clima é de otimismo, após Gabriel Galípolo, diretor de política monetária do BC, reforçar que a instituição irá analisar com cuidado os dados da economia brasileira para tomar a decisão de juros para o país.
Galípolo disse também que o BC irá obter "o máximo de dados" e vai "estar aberto" à todas as opções para decidir o novo patamar da taxa Selic, em setembro.
O Comitê de Política Monetária (Copom) endureceu seu discurso na reunião de julho, e disse que pode voltar a subir a taxa Selic se julgar necessário.
O Copom está preocupado com a situação da economia global, com a cotação do dólar e com as contas públicas do país.
Esses são fatores que podem piorar a expectativa para a inflação brasileira, e cabe ao BC regular a taxa de juros para combater uma alta dos preços.
Galípolo destacou que todos os diretores estão dispostos a elevar a Selic “sempre que necessário” para levar a inflação à meta de 3%.
A opinião de Galípolo é observada com atenção especial porque ele é o favorito para ocupar a presidência do BC a partir do ano que vem.